Na terça-feira (19), a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e 16 indivíduos por fraude em carteiras de vacinação, suspeitando de uma conexão com uma investigação sobre uma possível tentativa de golpe após as eleições de 2022.
De acordo com os investigadores, o ex-presidente e seus apoiadores podem ter produzido os cartões de vacina falsificados com o propósito de garantir documentos válidos para viagens internacionais, aguardando a conclusão dos eventos ligados à tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023
O ex-tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou em delação premiada ter recebido ordens do ex-presidente para fraudar seus registros de vacinação, entregando os documentos falsificados diretamente a Bolsonaro.
Embora Bolsonaro negue as acusações, a PF sustenta que ele agiu conscientemente ao exigir a fraude em seus registros de vacinação, indiciando-o por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações, crimes passíveis de até 15 anos de prisão.
A investigação revela que, a pedido dos interessados nos certificados de vacinação falsos, Mauro Cid encaminhava as solicitações de inserção de dados falsos a Ailton Gonçalves Barros, que por sua vez repassava as informações a João Carlos Brecha, responsável por inserir os dados falsos no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
Apesar dos indícios de envolvimento de outros indivíduos, a PF não encontrou elementos que sugerissem uma conspiração independente de Bolsonaro.
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