Trama golpista: PF tem provas que confirmam depoimentos de ex-comandantes

Atualizado em 22 de março de 2024 às 10:37
Freire Gomes e Baptista Junior. Foto; reprodução

Integrantes da Polícia Federal (PF), em declarações sob reserva, revelam que a investigação encontrou evidências que confirmam os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior, conforme informações da CNN Brasil.

Durante seus depoimentos, eles detalharam reuniões entre os ex-comandantes das três Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), discutindo termos relacionados a uma alegada tentativa de golpe.

Os ex-chefes militares prestaram seus depoimentos como testemunhas, não sendo necessário entregar seus celulares ou computadores para perícia, ao contrário de outros interrogados que foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Fontes próximas à investigação afirmam que as revelações dos militares são confirmadas por provas coletadas durante a Operação Tempo da Verdade, incluindo arquivos recuperados de dispositivos eletrônicos, a delação do ex-ajudante de ordens da presidência, tenente-coronel Mauro Cid, e uma série de dados obtidos e analisados durante a apuração.

O ex-comandante da Aeronáutica afirmou que o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes (que está à direita de Bolsonaro na foto), ameaçou prender o ex-presidente caso ele insistisse na empreitada golpista - (crédito: Isac Nóbrega/PR)
Bolsonaro, Freire Gomes e ao fundo, Baptista Junior. Foto: reprodução

Diante disso, a PF não planeja, por ora, novos depoimentos dos investigados que já foram convocados e optaram por permanecer em silêncio.

No entanto, vale destacar que na última segunda-feira (18), a defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um novo depoimento e sugeriu a possibilidade de uma acareação entre Torres e os ex-comandantes.

O ex-ministro de Bolsonaro é apontado como um “consultor jurídico” das minutas relacionadas ao suposto golpe. O pedido à Corte argumenta a necessidade de um novo depoimento para esclarecer as declarações dos ex-comandantes à PF.

Já o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, negou, em conversas informais, a alegação de que teria disponibilizado tropas para um plano de golpe ou participado de reuniões sobre documentos com teor golpista.

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