Confiança dos argentinos despenca após 100 dias de Milei no governo, diz pesquisa

Atualizado em 29 de março de 2024 às 8:43
Javier Milei, presidente argentino. (Foto: Reprodução)

A confiança dos argentinos nos rumos do país vem sofrendo uma queda significativa nos últimos três meses, desde a posse do presidente Javier Milei. De acordo com a pesquisa What Worries the World, conduzida pelo instituto Ipsos, houve uma redução de 13 pontos percentuais na parcela da população que acredita que a Argentina está no caminho certo, comparando com os dados de janeiro.

Atualmente, 53% dos argentinos consideram que o país está no rumo certo, enquanto 47% discordam dessa afirmação. Essa mudança representa uma divisão na percepção dos cidadãos em relação aos rumos do país, marcando uma tendência pessimista em comparação ao otimismo inicial observado no primeiro mês do governo de Milei.

Recorde em queda de confiança

A queda na confiança registrada no levantamento contrasta com o discurso positivo adotado por Milei recentemente, no qual ele afirmou que “as pessoas estão esperançosas e veem que há luz no fim do caminho”. No entanto, Marcos Calliari, CEO da Ipsos, destaca que a Argentina registrou a maior queda de confiança entre as 29 nações pesquisadas, o que indica um cenário desafiador para o governo em termos de legitimidade e apoio popular.

Inflação

A inflação é apontada como a principal preocupação, com 65% dos argentinos citando-a como um dos principais problemas enfrentados. Além disso, a pobreza e a desigualdade social também são questões críticas que preocupam a população.

Pobreza atinge recorde

Desde que assumiu o cargo, Milei implementou uma série de medidas para controlar a crise financeira, incluindo o alcance do superávit fiscal e a desaceleração da inflação. No entanto, a pobreza atingiu o maior patamar em 20 anos e a produção industrial diminuiu, o que reflete os desafios enfrentados pelo governo na gestão da economia.

Protestos

O recente anúncio do plano de demissão de até 70 mil funcionários públicos nos próximos meses gerou protestos e greves em Buenos Aires. Essa medida, que visa reduzir os custos do Estado, tem causado controvérsias e levantado debates sobre o impacto social e econômico das demissões em meio a um cenário já fragilizado.

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