A crise entre Israel e o Hamas, que já perdura por 174 dias desde outubro de 2023, preocupa autoridades internacionais. Em entrevista ao Congresso em Foco, o deputado italiano Angelo Bonelli destaca o horror que assola a região, com graves consequências para a população, especialmente crianças e feridos.
Segundo Bonelli, Israel retém cerca de 1.500 caminhões de ajuda humanitária na barreira de acesso à cidade de Rafah, em Gaza, causando uma situação desesperadora. A falta de suprimentos essenciais, como alimentos, água e medicamentos, agrava ainda mais a crise humanitária na região.
Destaca-se que entre os caminhões bloqueados estão 30 caixas enviadas pelo Brasil contendo filtros de água e freezers destinados às vítimas dos bombardeios em Gaza. O deputado italiano, fluente em português devido a sua estadia em Santarém (PA), ressalta a preocupação com a situação das cargas humanitárias rejeitadas.
A crise diplomática entre Brasil e Israel, desencadeada pelas declarações do presidente Lula acusando Israel de genocídio, agravou a situação. As justificativas técnicas de Israel para barrar a ajuda humanitária são questionadas pelo governo brasileiro e pela comunidade internacional.
O deputado Bonelli enfatiza que a situação atual em Gaza constitui um crime contra a humanidade, não necessitando de comparações históricas para ser compreendida. Ele responsabiliza o governo de Benjamin Netanyahu e não o povo de Israel pelos acontecimentos na região.
“Não preciso fazer comparação com o passado. É analisar o que está acontecendo agora, que é um genocídio.É uma política que está procurando um genocídio“, disse Borelli. O deputado europeu destacou ainda que falas nesse sentido não são um ataque aos judeus. “Não é uma responsabilidade do povo de Israel, mas do governo de Netanyahu”. conclui Bonelli.
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