Preso por morte de Marielle, Domingos Brazão aumentou patrimônio em 2.300%

Atualizado em 29 de março de 2024 às 19:31
Domingos Brazão é suspeito de mandar o assassinato de Marielle. Foto: Reprodução

O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão viu seu patrimônio crescer exponencialmente em um intervalo de oito anos, aumentando 2.300% entre 2002 e 2010.

de acordo com o relatório final da Polícia Federal, a evolução coincide com seu ingresso na política, ocorrido em 1996, e passou de cerca de R$ 209 mil para R$ 5 milhões declarados.

Segundo a PF, a análise é embasada em dados apresentados pelo próprio político à Justiça Eleitoral, que revelaram um crescimento patrimonial de aproximadamente 300% entre 2006 e 2010, não corrigidos pela inflação. Em 2006, Brazão declarou possuir crédito da compra de um apartamento, além de quatro frações de lotes e dois apartamentos.

No ano de 2010, suas declarações incluíam cinco bens imóveis, três terrenos, uma casa e um apartamento, sendo o de maior valor estimado em R$ 2 milhões, localizado na Barra da Tijuca. A PF avalia que Domingos Brazão e sua família representam um exemplo de ascensão patrimonial associada ao ingresso na política.

Marielle Franco posando para foto com expressão séria, perto de plantas
Marielle Franco foi assassinada há seis anos – Reprodução

O documento da PF descreve minuciosamente as empresas ligadas à família Brazão ao longo dos anos, incluindo a primeira empresa aberta por Domingos Brazão em 1985, a Robedom Comércio de Joias e Metais Preciosos LTDA, que encerrou suas atividades em 1999.

Em paralelo, Brazão abriu a Sangue Bom Autopeças LTDA em 1993, alterando seu contrato social posteriormente para “comércio de veículos novos, usados e sinistrados”, encerrando-a em 2005.

A PF também menciona denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia sobre atividades suspeitas, incluindo um suposto desmanche de veículos roubados na sede de uma empresa ligada a Brazão.

Além disso, relata situações envolvendo empresas do ramo alimentício com um sócio que recebeu auxílio emergencial, o que a polícia considera indicativo de um possível laranja.

Em 2007, Domingos Brazão foi autuado por sonegação fiscal pela Receita Federal, em um valor de R$ 130 mil. A defesa do conselheiro do TCE-RJ nega qualquer envolvimento nos crimes mencionados no relatório da PF.

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