O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja estabelecer cotas mínimas para alavancar a presença de mulheres em posições de liderança em empresas estatais.
O Ministério de Gestão e Inovação, liderado por Esther Dweck, já começou a conversar com algumas empresas sobre o assunto e as negociações estão em andamento. A proposta é que essa iniciativa comece nas diretorias, introduzindo um limite mínimo de participação feminina.
O ministério conduziu um levantamento sobre a representação feminina em cargos de liderança em 59 empresas estatais, das quais 44 estão sob controle direto e outras 15 têm sua própria estrutura de governança. Os dados abrangem o período de dezembro de 2022 até fevereiro deste ano.
No último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a participação de mulheres na diretoria dessas instituições era de 14%. Ao fim do primeiro ano do governo de Lula, em dezembro de 2023, esse número já tinha subido para 21,49%
Quanto aos conselhos de administração das estatais, a presença feminina é um pouco maior, ocupando 24% dos cargos. Em dezembro de 2022, esse índice estava em 20%.
“Estamos satisfeitos com o aumento da participação feminina. Estamos em discussões com algumas empresas estatais para estabelecer uma cota mínima de representação feminina em cargos de diretoria.”, informou Dweck.