O senador Sérgio Moro, (União Brasil-PR), enfrenta esta semana um julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em um cenário nada favorável. Mesmo que obtenha uma vitória agora, as perspectivas futuras permanecem incertas para o ex-juiz, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda pode cassar seu mandato.
Os autores da ação, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), preferem um desfecho pós-eleições municipais, visando manter Moro com uma atuação discreta no Senado para não interferir nas grandes cidades do estado durante os embates eleitorais deste ano.
O julgamento em questão tem sido observado atentamente no meio político, pois sua decisão pode moldar o cenário político futuro do Paraná. Caso mantenha seus direitos políticos, Moro surge como um forte candidato ao governo estadual em 2026, influenciando alianças. Entretanto, uma possível cassação abriria espaço para um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocupar seu lugar. Vale ressaltar que essa possibilidade agradaria tanto ao PT quanto ao PL, que veem nisso a chance de enfraquecer um opositor político.
Postura diante o atual cenário
Moro tem adotado uma postura cautelosa no Senado, evitando embates diretos com o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF), visando não prejudicar sua situação nos tribunais superiores.
Se perder os direitos políticos, espera-se que atual senador siga uma estratégia similar à de Deltan Dallagnol, criticando os tribunais e se apresentando como uma vítima de perseguição política.
Acusações do processo
As acusações de abuso de poder econômico durante a pré-campanha de 2022 são centrais no processo movido pelo PT e PL. Moro nega as acusações, incluindo pagamentos ao seu suplente Luis Felipe Cunha.
Os questionamentos sobre os altos valores pagos a Cunha foram levantados durante o depoimento de Moro, que defendeu a contratação para serviços jurídicos e estruturação da pré-candidatura presidencial.
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