PF afirma que metade da Alerj está envolvida com o crime

Atualizado em 31 de março de 2024 às 15:13
Policia Federal. Foto: Divulgação

Novos dados revelados pela Polícia Federal lançam luz sobre a conexão entre membros da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o crime organizado, no âmbito das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

As descobertas da Polícia Federal indicam que pelo menos metade dos deputados da Alerj tem vínculos com o crime organizado, seja com milícias ou traficantes. Muitos agentes policiais se referem à Assembleia como um centro institucionalizado do crime, onde a legislação é moldada para beneficiar as organizações criminosas.

Há evidências claras de que os gabinetes parlamentares, independentemente de suas filiações políticas, abrigam representantes do crime organizado. É o que revela apuração do Correio Braziliense.

Interior da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

Essas pessoas são designadas pelas milícias e pelo tráfico para monitorar projetos de interesse desses grupos e obstruir propostas que possam prejudicar seus negócios, além de serem utilizadas para intimidar adversários políticos.

A Polícia Federal estaria empenhada em mapear todo o esquema criminoso dentro da Alerj, cruzando informações das investigações do caso Marielle com processos anteriormente negligenciados. Acredita-se que em breve será possível desmantelar parte desses esquemas que assolam a população do Rio de Janeiro.

Os tentáculos das organizações criminosas da Alerj se estendem para órgãos dos governos estadual e municipal e do Judiciário, dificultando o avanço das investigações. Para as autoridades, será necessário um grande esforço do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério da Justiça para alcançar os agentes públicos envolvidos com o crime organizado.

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