A Polícia Federal (PF) está intensificando suas investigações para identificar os responsáveis pela fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O foco central do inquérito é encontrar os “padrinhos” por trás da fuga, ou seja, os membros do crime organizado que financiaram e coordenaram os esconderijos e o plano de fuga dos detentos, Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 36.
De acordo com informações obtidas pela PF, um grupo externo foi responsável por fornecer grande parte dos esconderijos e organizar o transporte dos fugitivos.
Até o momento, oito pessoas suspeitas de envolvimento com a fuga estão sob custódia, mas a polícia acredita que ainda há “patrocinadores” por trás do crime que precisam ser identificados e detidos.
Os investigadores estão dedicando esforços para mapear os membros do crime organizado que apoiaram os fugitivos durante os 51 dias em que estiveram foragidos. Os oito celulares apreendidos durante a operação policial são considerados peças-chave para o avanço das investigações.
Na última ação policial, realizada na última quinta-feira (5), os dois fugitivos e outras quatro pessoas envolvidas na fuga foram detidos. O grupo tentou escapar em três carros e chegou a evadir um bloqueio da Polícia Militar, mas foi capturado.
As investigações revelaram que os fugitivos tentavam escapar para o exterior, embora o destino exato não tenha sido divulgado. Durante os primeiros dias após a fuga, eles permaneceram em uma área próxima à penitenciária, onde uma grande operação de busca foi conduzida, envolvendo mais de 600 agentes da Força Nacional e forças-tarefa locais.
A polícia também descobriu que os fugitivos passaram seis dias viajando de barco pesqueiro entre o Ceará e o Pará. Suas movimentações foram rastreadas até Belém, onde foram finalmente recapturados.
Após a fuga, o ministro Ricardo Lewandowski ordenou o reforço da segurança na penitenciária de Mossoró e revisão dos procedimentos de segurança em todas as penitenciárias federais.