O julgamento que pode determinar o destino político do ex-juiz Sergio Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) retorna à pauta nesta segunda-feira (8), com o voto da desembargadora Claudia Cristina Cristofani.
A magistrada, cuja participação gerou debates devido a uma foto ao lado de Moro, pediu vista na última quarta-feira (3), interrompendo o processo que se encontrava empatado em 1×1, após o voto condenatório do desembargador José Rodrigo Sade e a posição favorável à absolvição pelo relator Luciano Carrasco Falavinha.
O debate em torno da atuação de Claudia ganhou destaque após a revelação de uma imagem em que ela aparece ao lado de Moro. A desembargadora esclareceu que os encontros com o senador foram casuais, negando qualquer relação de amizade com o mesmo.
O TRE-PR emitiu nota reafirmando a confiança na imparcialidade de seus juízes, afastando quaisquer suspeitas de impedimento ou parcialidade em relação a desembargadora.
Julgamento
Sergio Moro enfrenta duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJEs) movidas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, que o acusam de abuso de poder econômico. Para que o senador perca o mandato, a maioria dos sete membros do tribunal deve julgá-lo culpado.
A expectativa é que o julgamento se encerre nesta segunda, com os votos dos demais desembargadores, incluindo Claudia Cristina Cristofani, Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e Sigurd Roberto Bengtsson.
Na sessão anterior, o desembargador José Rodrigo Sade se manifestou a favor da perda do mandato de Moro, elencando cinco premissas para sustentar sua posição.
Independentemente do desfecho no Paraná, Moro permanecerá no cargo de senador até uma decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Histórico de casos
O histórico do TSE mostra que casos semelhantes, como a cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol em 2023, foram decididos com base na Lei da Ficha Limpa.
Acusações contra Moro
As acusações contra o senador envolvem alegações de gastos eleitorais acima do limite legal durante sua campanha em 2022, após ter desistido de concorrer à Presidência e mudado de partido.
O relatório favorável a Moro apresentado por Luciano Carrasco Falavinha destacou a insuficiência de evidências para justificar sua cassação, contrapondo-se às acusações de abuso de poder econômico.
O desfecho do julgamento poderá determinar se haverá a realização de uma nova eleição para o cargo de senador, com possíveis candidaturas que incluem a esposa de Moro, Rosangela Moro, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
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