Uma jornalista da TVE, rede de televisão estatal da Espanha, foi interrompida e impedida por cidadãos israelenses de continuar uma entrada ao vivo de Jerusalém nesta quarta-feira (10).
Correspondente renomada, Almudena Ariza falava sobre a crescente pressão internacional por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Em seguida, dois homens entraram na frente da jornalista e a interromperam.
Ariza pediu para eles saírem. Um dos homens, no entanto, disse algo em hebraico e permaneceu no lugar. Em seguida, a repórter tenta novamente, dessa vez em inglês, mas é ignorada.
“Vamos ter que interromper nossa comunicação porque não estão deixando que continuamos. São cidadãos, não são policiais, e não estão deixando que continuemos”, disse a correspondente, ao vivo.
¡Increíble! De esta forma, acaban de impedir a la periodista Almudena Ariza, ofrecer su crónica en directo, desde Jerusalén pic.twitter.com/O1zpzSlE73
— Alberto Bustos (@alberbustos) April 10, 2024
Os dois homens estavam vestidos de preto e sem nenhuma identificação. Um deles estava com um capacete para motocicleta e óculos escuros.
Mais tarde, Ariza relatou que a abordagem de cidadãos de Israel durante o trabalho jornalístico tem sido comum. “Eles não querem que a gente esteja aqui. Se ouvem a palavra Gaza, eles já começam a nos assediar. Nos insultam e nos chamam de mentirosos”, afirmou a jornalista espanhola.
No X (antigo Twitter), Ariza informou que denunciou o caso em uma delegacia de Jerusalém. Segundo a correspondente, os cidadãos israelenses “ameaçaram ligar para outras pessoas e fazer algo ruim conosco”.
Estoy ahora en comisaría denunciando el acoso y las amenazas de dos ciudadanos judíos.
Nos han impedido realizar el directo y nos han amenazado con “llamar a otros” y “hacernos algo malo”.
Este acoso a la prensa, aquí es, desgraciadamente frecuente.
Gracias por los mensajes.— Almudena Ariza (@almuariza) April 10, 2024