O estranho caso de Jorge Seif. Por Moisés Mendes

Atualizado em 18 de abril de 2024 às 21:25
O ex-presidente Jair Bolsonaro, os senador Jorge Seif (PL-SC) e o empresário Luciano Hang, da Havan. Foto: Reprodução

Mais um caso muito estranho, depois da rede de proteção que o Conselho Nacional de Justiça lançou essa semana para tentar salvar a juíza lavajatista Gabriela Hardt.

O senador catarinense Jorge Seif (PL) deveria ter sido julgado na terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral, com grande possibilidade de cassação do seu mandato.

Mas o relator do caso do bolsonarista, desembargador Floriano Azevedo, não apareceu no TSE, e a sessão foi suspensa.
Hoje o Globo informa que Seif tenta evitar a cassação com uma proposta enviada aos ministros do TSE.

Ele baixa a bola, promete não atacar mais o Judiciário, e assim teria o mandato preservado. Vai se acalmar. Um dos mais agressivos políticos da extrema direita ficaria fofo.

O pivô do caso de Seif é de novo, também nesse processo (como em muitos outros de delitos eleitorais), o véio da Havan, acusado de ter cometido abuso de poder econômico em favor do então candidato a senador na campanha de 2022.

Lembrando que em janeiro o véio da Havan, que alertava sobre a ameaça de volta do comunismo durante o governo de Bolsonaro e até depois da eleição de Lula, decidiu que não quer mais saber de política e que agora está com Lula.

O véio da Havan, que segundo Alexandre de Moraes se fantasiava de verde periquito e se comportava como se fosse autoridade, quando andava ao lado de Bolsonaro, é personagem de inquéritos pesados na área política, mas anda por aí ainda impune.

É um ex-periquito, mas livre e solto. Porque todas as aves do núcleo com dinheiro do bolsonarismo não são alcançadas pelo sistema de Justiça.

E assim vão sendo montados os acertos, enquanto só os manezinhos são condenados e presos. O voto considerado decisivo para a cassação de Seif pelo TSE, quando o julgamento finalmente acontecer, é o da ministra Cármen Lúcia.

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Érika de Souza Vieira Nunes, que levou Paulo Roberto Braga, já morto, a uma agência bancária. Reprodução

DIFERENÇAS

A mulher que teria tentado ficar com R$ 17 mil de um morto está presa.
A facção que tentou ficar com R$ 2,5 bilhões da Petrobras, como se saqueassem uma morta, está solta.

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CAÇA AOS IDOSOS

Os planos de saúde estão cancelando os contratos de quem tem mais de 90 anos, de pessoas em tratamento de câncer e de crianças com autismo.
Os dispensados descobrem que os contratos preveem a crueldade ou que não há lei que impeça.
E o Congresso faz o quê? O Congresso tomado de bandidos, coronéis, pastores, delegados e defensores de grileiros e milicianos, faz leis para prender pobres e negros flagrados com cigarros de maconha.

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ADIVINHO

Isso sim é adivinhação de longo prazo de William Waack, um dos colunistas preferidos do fascismo, na manchete do Estadão:

‘Política econômica do governo Lula 3 está tornando mais difícil uma próxima vitória eleitoral’.

Interessante o detalhe de ‘uma próxima’ vitória. Para que fique claro que o adivinho trata da possibilidade de uma vitória no futuro, e não no passado.

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ANDAM ONDE?

Tem gente da extrema direita que sumiu completamente e só conseguirá provar que está viva se aparecer na TV pedindo algum empréstimo.

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