O escultor sergipano Regivaldo da Silva Santana, conhecido como Giba, foi preso após confessar ter matado quatro jovens e jogado os corpos em um poço em Arapiraca (AL). Em audiência de custódia no sábado (20), a Justiça decidiu mantê-lo preso.
Giba é CAC (Colecionar, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha autorização para possuir armas. A polícia apreendeu 10 armas de sua coleção, além de duas cobras que eram criadas por ele.
Natural de Porto da Folha, em Sergipe, Giba foi contratado para criar as imagens sacras para municípios alagoanos, como Nossa Senhora do Pilar, padroeira do Pilar, Nossa Senhora do Amparo, padroeira de Palmeira dos Índios, Nossa Senhora das Graças, instalada em Minador do Negrão, e Nossa Senhora da Conceição, que fica na entrada de Limoeiro de Anadia.
Na última sexta-feira (19), os corpos das vítimas foram encontrados em um poço na propriedade onde o artista mantinha seu ateliê, na zona rural de Arapiraca. O Corpo de Bombeiros levou cinco horas para retirar os corpos do poço.
As vítimas eram os irmãos Letícia da Silva Santos, de 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; Joselene de Souza Santos, de 17 anos (namorada de Lucas), e Erick Juan de Lima Silva, de 20 anos (namorado de Letícia).
Joseane Bezerra da Silva, mãe de Letícia e Lucas, afirmou que os jovens faziam serviços de limpeza para o escultor. “Sempre ele [Giba] mandava chamar eles para limpar a piscina, para comprar galinha para dar as cobras deles. Sempre. Sempre ele mandava chamar eles”, disse.
Giba alegou à polícia que cometeu o crime no dia 13 de abril e que contou com a ajuda de um sobrinho e outro homem, ambos estão foragidos.
Segundo o escultor, Lucas e Erick Juan furtaram um celular e um equipamento de trabalho da propriedade. Giba teria disparado acidentalmente durante a caçada aos dois jovens e, em seguida, decidiu executar os rapazes e as namoradas.
“Ele alega que efetuou um disparo acidental, e depois desse disparo acidental começou a execução de um por um. Segundo ele, houve uma certa reação por parte das vítimas”, disse o delegado-geral Gustavo Xavier.
“Ele e o sobrinho teriam executado os quatro indivíduos e após a execução, pegaram os corpos e lançaram na cacimba e cobriram com alguns artigos para tentar evitar, por exemplo, a propagação do mau cheiro”, acrescentou.