Os acionistas da Petrobras decidiram distribuir 50% dos dividendos extraordinários da estatal (cerca de R$ 21,59 bilhões de um total de R$ 43,5 bilhões). A decisão ocorreu em assembleia geral da estatal nesta quinta (25) e o Tesouro Nacional deve receber pelo menos R$ 6 bilhões para reforçar o caixa da União.
Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa repartida entre os acionistas. Os valores extraordinários são os pagos além do mínimo obrigatório. Na última semana, o presidente Lula já havia dado sua aprovação para a distribuição do valor.
Inicialmente, os conselheiros da estatal indicados pelo governo se manifestaram contra a distribuição dos dividendos e o presidente vetou a liberação dos valores. Posteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu convencê-lo de que a medida seria importante, já que o governo fica com 37% do valor.
Os dividendos aprovados nesta quinta (25) serão pagos em duas parcelas iguais, junto de cerca de R$ 14 bilhões remanescentes de dividendos ordinários, nos dias 20 de maio e junho. Além de aprovar o repasse do valor, a União ainda recomendou que a Petrobras avalie a distribuição dos 50% restantes.
A proposta da União sugere “avaliar ao longo do corrente ano a viabilidade de distribuição, a título de dividendos extraordinários dos 50% remanescentes ora destinados a reserva de capital”.
No total, a estatal teve o segundo maior lucro de sua história no ano passado, com R$ 124,6 bilhões. Após a aprovação da distribuição dos dividendos extraordinários, foi encerrada uma crise que envolveu integrantes do conselho indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente-executivo da estatal, Jean Paul Prates.