A estratégia da PF para o depoimento do delegado preso pelo assassinato de Marielle

Atualizado em 30 de abril de 2024 às 7:08
O delegado Rivaldo Barbosa. Foto: reprodução

Os investigadores encarregados do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, estão desenvolvendo uma estratégia em resposta ao pedido do delegado Rivaldo Barbosa para depor à Polícia Federal (PF) o mais rápido possível, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Os advogados de Barbosa, em petição apresentada na última segunda-feira (29) a Alexandre de Moraes, argumentam que, embora o ministro do Supremo tenha ordenado que os delegados ouvissem os investigados logo após as prisões, isso ainda não ocorreu.

Contudo, segundo fontes da PF, é preferível aguardar para ouvir Rivaldo até que todo o material apreendido na operação realizada em 24 de março seja completamente analisado.

A idealização dos investigadores é que Rivaldo só seja ouvido após a conclusão do relatório complementar que a PF deve entregar a Moraes até 24 de maio. O relatório servirá de base para a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), baseada na delação do assassino confesso de Marielle, o ex-PM Ronnie Lessa.

Além de Rivaldo, foram detidos em março o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusados de serem os “mentores” do crime contra a vareadora.

Caso Marielle: quem é Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do RJ preso pela PF
Rivaldo Barbosa. Foto: reprodução

Segundo a PF, Rivaldo teria orientado o planejamento do assassinato, inclusive proibindo que a execução de Marielle ocorresse nas imediações da Câmara de Vereadores do Rio. Ele também é acusado de obstruir as investigações quando estava na chefia da Delegacia de Homicídios.

Além deles, outras pessoas, como o delegado Giniton Moraes Lage e a esposa de Rivaldo, Érika Andrade de Almeida Araújo, foram alvos da “Operação Murder”. Araújo seria “testa de ferro” de Rivaldo e teria empresas de fachada que funcionaram na lavagem de dinheiro do esquema de Barbosa.

Vale destacar que os investigadores estão analisando o material apreendido em busca de mais indícios sobre o crime, mas afirmam que divulgar detalhes das descobertas pode prejudicar a investigação.

A menos que Moraes ordene expressamente que o depoimento ocorra logo, Rivaldo terá que esperar. O delegado também solicitou que sua esposa seja ouvida e pediu a revogação das medidas cautelares impostas a ela. Segundo a PF, Araújo teria empresas de fachada que teriam auxiliado na lavagem de dinheiro e atuado como “testa de ferro” de Barbosa.

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