Sobrinha de “Tio Paulo” será investigada por homicídio culposo

Atualizado em 30 de abril de 2024 às 20:53
Érika Souza leva cadáver do tio, Paulo Roberto Braga, para sacar empréstimo em banco no RJ. Foto: Reprodução

Érika Souza, que levou seu tio Paulo Roberto Braga, já falecido, para obter um empréstimo em um banco, agora está sob investigação por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.

Érika já estava sendo investigada por desrespeito a um cadáver e tentativa de furto por fraude e está presa preventivamente em Bangu. Após novas entrevistas e investigações, o delegado Fabio Luiz Souza, da 34ª DP (Bangu), concluiu que houve uma clara omissão de socorro.

“Considerando que no dia 16/4/2024, certamente percebendo que Paulo estava em uma situação extrema de perigo de vida, o que é evidente nas declarações de todas as testemunhas que tiveram contato com a vítima, ao invés de ir novamente ao hospital, ela foi ao shopping, caracterizando uma clara omissão de socorro, determino a abertura de novo boletim de ocorrência para investigar o crime de homicídio culposo”, escreveu o delegado em seu despacho, obtido pela TV Globo.

Nesta terça-feira (30), foi encerrada a primeira fase do inquérito, que diz respeito ao flagrante. Após a segunda fase, a Polícia Civil vai decidir se indiciará Érika pelos crimes.

No dia 16 de abril, Érika levou seu tio, que estava em uma cadeira de rodas, completamente imóvel e com os olhos fechados, para tentar obter um empréstimo em um banco em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Paulo Roberto Braga e Érika Souza. Foto: Reprodução

Um vídeo gravado pelas funcionárias do banco mostra Érika tentando manter a cabeça do tio erguida usando a mão enquanto conversa com ele, que claramente não responde.

“Tio, está ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não há como. Eu não posso assinar pelo senhor, farei o que puder”, disse ela. Ela mostra o documento e explica que ele deve assinar conforme indicado e comenta: “O senhor segura a cadeira com força. Ele não segurou a porta antes?”, pergunta às funcionárias, que respondem negativamente.

“Assine para não me causar mais problemas, não aguento mais”, conclui. Novas evidências O delegado mencionou novas evidências para adicionar a acusação de homicídio. Segundo ele, dois depoimentos indicam que Érika tentou redirecionar o dinheiro para uma conta própria e chegou a ir à agência sem o tio para sacar, mesmo sabendo que ele precisava assinar o documento. 

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