A promotora Monique Ratton ajuizou uma medida cautelar, na última quinta-feira (2), solicitando que a Justiça aceite o recurso e decrete a prisão preventiva de Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, o herdeiro condutor do Porsche envolvido na colisão que matou o motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, de 52 anos.
Essa iniciativa ocorre após o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, negar o terceiro pedido de prisão preventiva de Fernando, argumentando que as justificativas apresentadas pela Promotoria não se vinculam à realidade do caso.
Ratton afirma que o empresário influenciou o depoimento de sua namorada, que apresentou informações semelhantes às da mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, que foi apontada como coautora do crime de fuga do local. Além disso, a promotora destaca dois boletins de ocorrência anteriores envolvendo Fernando em acidentes de trânsito, um dos quais resultou em ferimentos graves a dois motociclistas.
➡️ Câmera flagra batida violenta de Porsche contra Sandero
Empresário sumiu após provocar acidente que matou homem de 52 anos na zona leste da capital paulista; defesa diz que ele “está em choque”
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— Metrópoles (@Metropoles) April 1, 2024
A denúncia do Ministério Público, encaminhada na segunda-feira (29), indica que Fernando ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes do acidente, ocorrido em 31 de março.
A Promotoria alega que, apesar dos apelos de amigos e da namorada para que não dirigisse, o empresário optou por assumir o volante, conduzindo o veículo a 156 km/h no momento da colisão, segundo a perícia. A Avenida Salim Farah Maluf, onde aconteceu a colisão, permite que os veículos transitem no limite de 50 km/h.
O MP também requisitou o compartilhamento de provas para investigar a conduta dos agentes públicos que permitiram que Fernando fosse levado ao hospital pela mãe, em vez de ser submetido ao teste de bafômetro. Imagens de câmeras corporais mostram os momentos em que a mãe tenta retirar o filho do local, mas é impedida pela polícia.
Após mais de 30 horas do acidente, o empresário se apresentou à delegacia na tarde de segunda-feira. A defesa do empresário, agora representada por um novo advogado, optou por não se manifestar.