Uma série de frentes frias está prevista para avançar pelo Sul do Brasil, prometendo enfraquecer o bloqueio atmosférico que atua na região desde o dia 22 de abril. Esse bloqueio tem causado uma onda de calor no Sudeste e no Centro-Oeste, além de chuvas persistentes no Rio Grande do Sul.
Nesta quinta-feira (9), o Rio Grande do Sul deve experimentar uma queda de temperatura devido ao ar frio polar trazido pela primeira frente fria dessa série. Segundo a Climatempo, algumas áreas do sul gaúcho podem registrar temperaturas abaixo dos 10°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo potencial” para todo o estado, indicando uma queda de até 5°C em algumas regiões.
Com o avanço das frentes frias, espera-se que as chuvas se concentrem na parte norte do Rio Grande do Sul, especialmente na divisa com Santa Catarina, enquanto o sul do estado deve ter tempo mais seco. Apesar da diminuição das chuvas na quinta-feira, a tendência é que a situação mude a partir de sexta-feira (10), com chuvas mais fortes e volumes superiores a 100 milímetros previstos para o centro-norte e leste gaúcho.
O meteorologista Fábio Luengo, da Climatempo, alerta que as chuvas continuarão a impactar as bacias que desaguam no Guaíba. “Desta quinta até segunda, essas regiões devem ser as que vão receber o maior volume de chuva. Deve seguir chovendo bastante no Vale do Taquari, por exemplo”, diz Luengo.
Lindo ver tantos jovens se unindo e trabalhando dia e noite para socorrer as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul, parabéns @PedroScooby e toda sua equipe, gratidão ? ???? pic.twitter.com/OLep8a4cLj
— Maria P (@damadanoite14) May 9, 2024
A situação pode se agravar devido à mudança na direção dos ventos, que anteriormente favoreciam o escoamento dos rios. Agora, os ventos devem soprar na direção contrária, atrasando o escoamento e aumentando o risco de inundações. Regiões como Rio Grande e Pelotas são as mais vulneráveis a esse fenômeno.
O Rio Grande do Sul já contabiliza mais de 100 mortos e 130 desaparecidos devido às chuvas recentes. Cerca de 230,4 mil pessoas estão desabrigadas, sendo 67,4 mil em abrigos e 163,7 mil desalojadas (pessoas que estão em casas de parentes ou amigos). O bloqueio atmosférico, uma barreira de alta pressão, tem concentrado a umidade no Sul do Brasil, dificultando a dissipação das chuvas.
Para quebrar esse bloqueio atmosférico, é necessário que frentes frias mais intensas avancem pelo país. De acordo com Fábio Luengo, a próxima semana deve trazer uma sequência dessas frentes, com outra massa de ar frio prevista para chegar em breve. A previsão é que o bloqueio comece a enfraquecer por volta do dia 15, reduzindo as temperaturas e, potencialmente, mitigando as chuvas persistentes no Rio Grande do Sul.
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