Ladies & Gentlemen:
O título deste artigo é, naturalmente, uma pegadinha. (Nota da Tradutora: small catch, no original.)
Desde que acompanho o futebol poucas vezes vi um pênalti tão claro quanto o cometido contra Wagner Love no match entre Corinthians e Santos neste domingo.
O zagueiro do Santos mirou no meio de Wagner Love, desesperado diante da iminência do gol no final do jogo, e chutou o striker como se fosse a bola.
E no entanto as redes sociais, conforme me relata Boss, foram tomadas de anticorintianos que disseram ali estar mais um prova de que o Almighty está sendo escandalosamente beneficiado.
O Corinthians, àquela altura, já merecia estar vencendo por 3 a 0. Amassou o Fish desde o início, para minha surpresa, dadas as últimas partidas entre os dois times.
Vai-se consolidando em mim a ideia de que Renato Augusto pode ser o New Zidane, pelas passadas largas, visão de jogo e capacidade de finalizar como um atacante.
Falta-lhe a calvície, e pouco mais, para ser Zidane, ou uma réplica pelo menos aproximada do craque aposentado.
Minha satisfação com RA contrasta com minha preocupação com o menino Malcom. Onde aquele atrevimento dos primeiros tempos? O garoto parece intimidado. O técnico tem que lhe devolver a petulância. Um driblador como Malcom tem que driblar. Point.
O campeonato poderia ter sido decidido virtualmente ontem, caso o Flamengo tirasse pontos do Atlético Mineiro.
Ouvi de Boss o seguinte: “Como dizia minha Tia Iracema, você não deve contar nunca com o Flamengo.”
Boss julgou desnecessário me dar detalhes sobre sua Tia Iracema.
O Corinthians é o melhor time do Brasil, e caminha para ser campeão. É uma ds melhores equipes do mundo. Fora Barcelona, Real Madrid e Bayern, não vejo nenhuma agremiação claramente superior ao Corinthians.
No Brasil, é um caso raro de estabilidade. A base foi mantida, o técnico também, e isso faz muita diferença.
Dizer que o sucesso se deve aos juízes é uma ofensa ao bom senso.
É coisa para quem grita que o pênalti em Wagner Love foi roubado. Como diz Boss com razão, hoje no Brasil o pior cego é o anticorintiano.
Sincerely.
Scott.
Tradução: Erika Kazumi Nakamura.