Mais de um terço dos brasileiros acredita que urnas foram fraudadas em 2022

Atualizado em 12 de maio de 2024 às 17:37
Lula e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Uma pesquisa recente da Genial/Quaest, divulgada no domingo (12), revelou que mais de um terço dos brasileiros com 16 anos ou mais acredita na possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas durante a última eleição presidencial, realizada em 2022.

Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados acreditam que as urnas foram manipuladas para favorecer Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 56% discordam dessa ideia. A pesquisa ouviu 2.045 brasileiros em 120 cidades entre os dias 2 e 6 de maio, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O estudo também aponta que a desconfiança em relação às urnas é mais pronunciada entre os entrevistados com ensino médio completo ou incompleto, sendo que 39% desse grupo acreditam na ocorrência de fraude. Por outro lado, entre os entrevistados com ensino superior incompleto ou completo, 34% reconhecem a possibilidade de fraude.

Entre os católicos entrevistados, 30% concordam que houve fraude nas urnas para beneficiar Lula, enquanto 62% discordam. Já entre os evangélicos, 46% concordam e 45% discordam, configurando um empate dentro da margem de erro.

Urna eletrônica. Foto: Antonio Augusto / TSE

Embora uma parte da população acredite na fraude eleitoral, diversas instituições já confirmaram a segurança do sistema eleitoral brasileiro. O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu uma auditoria das últimas eleições, reafirmando a segurança do sistema eleitoral e confirmando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segue as melhores práticas internacionais.

As Forças Armadas também apresentaram um relatório de fiscalização do processo de votação, que não apontou qualquer fraude eleitoral e reconheceu os resultados divulgados pelo TSE.

A desconfiança com as urnas eletrônicas pode ser explicada, em parte, pelos ataques que o sistema eleitoral sofreu durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Investigações da Polícia Federal apontam para a existência de uma organização criminosa que atuava na disseminação de notícias falsas sobre a lisura das eleições presidenciais de 2022, visando criar um ambiente propício para a execução de um golpe de Estado. O ataque às sedes dos Três Poderes, em janeiro de 2023, é apontado como uma consequência dessa atuação criminosa.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link