Pesquisadora demitida da USP se une a bolsonaristas para depor na Câmara contra Janja; entenda

Atualizado em 15 de maio de 2024 às 12:34
Demitida da USP, a pesquisadora Michele Prado se juntou a bolsonaristas para atacar a primeira-dama, Janja da Silva, e a esquerda. Foto: Reprodução

A pesquisadora Michele Prado, demitida do grupo Monitor do Debate Digital, da USP (Universidade de São Paulo), decidiu se juntar à extrema-direita e agora quer depor na Câmara dos Deputados sobre uma suposta “milícia digital” da esquerda. Ela recebeu um convite do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) para falar na Casa Legislativa.

Ex-olavista, eleitora do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018 e antiga integrante do MBL (Movimento Brasil Livre), ela anunciou nas redes que aceitaria o convite de Nikolas para explicar a suposta “campanha de cyberbullying” promovida pela esquerda contra ela.

“Prezado Deputado Nikolas Ferreira, reconsiderei o convite para falar ao Congresso e aceitarei para esclarecer, baseada na verdade dos fatos, todas as informações a respeito do episódio e me defender das mentiras que a brutal campanha de cyberbullying contra mim – oriunda principalmente de setores da esquerda – têm disseminado nas redes” (sic), escreveu.

Demitida da USP, pesquisadora se une a bolsonaristas. Foto: Reprodução

A pesquisadora, que não tem nenhum título acadêmico ou vínculo formal com a USP, foi demitida do grupo de pesquisa na última segunda (13) e alega que o motivo foi ter desmentido Daniela Lima, apresentadora da GloboNews, sobre um estudo que trata das fake news sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul.

Depois da demissão, ela disse ter sido “assediada por Daniela no WhatsApp” e acusou a primeira-dama, Janja da Silva, de criar uma “milícia digital”. A pesquisadora, no entanto, não apresentou qualquer prova de suas acusações.

Ela tem recebido apoio da extrema-direita. Nesta terça (14), Nikolas afirmou que vai protocolar um requerimento na Comissão de Comunicação da Câmara para convidar Michele. O parlamentar diz que a pesquisadora será convidada para esclarecer suas alegações sobre a “milícia digital” da primeira-dama, o gabinete do ódio e a “manipulação da opinião pública realizada por meios de comunicação”.

Agora, após Michele aceitar o convite, o deputado bolsonarista disse ter conversado com o presidente do colegiado na Câmara e afirmou que seu requerimento será votado na próxima quarta (22). “Sendo aprovado, marcaremos a data do depoimento em conjunto com a Sra. Michele. Que os fatos sejam esclarecidos”, completou Nikolas.

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