Os Estados Unidos liberaram o uso de armas americanas para a Ucrânia em ataques contra a Rússia. Em meio ao agravamento do conflito entre os países, Antony Blinken, secretário de Estado, afirmou que o emprego dos equipamentos é uma decisão do governo de Volodymyr Zelensky.
Em entrevista coletiva na capital ucraniana, Kiev, Blinken disse que não “encoraja ataques fora da Ucrânia”, mas que o governo do país tem que tomar a decisão final. Para ele, a Ucrânia “tem de tomar decisões por conta própria sobre como vai conduzir esta guerra”.
O chanceler britânico, David Cameron, já havia anunciado que o país permitia o uso de seus mísseis de longa distância contra a Rússia. A declaração ocorreu há três semanas e gerou uma resposta de Vladimir Putin, presidente russo, que ameaçou atacar alvos militares britânicos como uma retaliação.
Emmanual Macron, presidente da França, também sugeriu enviar tropas para ajudar Kiev e gerou uma reação de Putin, que ameaçou iniciar um conflito nucelar com as forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
O presidente americano, Joe Biden, vinha proibindo expressamente o emprego de armas americanas nos ataques contra a Rússia, temendo que uma Terceira Guerra Mundial pudesse ser iniciada. Até o momento, as ofensivas ucranianas contra o sul russo têm usado armamentos domésticos.
A viagem de Blinken a Kiev foi feita para anunciar um novo pacote de ajuda de R$ 10,2 bilhões para a indústria bélica da Ucrânia e um envio de munição e armamentos para seus aliados.