O governo do Rio Grande do Sul anunciou que as cidades provisórias planejadas para abrigar os desabrigados das recentes enchentes devem começar a funcionar em 15 a 20 dias. A informação foi dada pelo vice-governador Gabriel Souza (MDB) na última sexta-feira (17). As instalações serão montadas nos municípios de Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo, alguns dos mais impactados pela cheias.
“A partir da assinatura do contrato, que deve ocorrer semana que vem, e os municípios querendo, nós imaginamos que entre 15 e 20 dias teremos elas em funcionamento, ou seja, vamos ter aí alguns dias ainda pela frente, o que denota a urgência de iniciar imediatamente o projeto com a anuência das prefeituras”, disse Souza durante uma coletiva de imprensa.
Segundo dados do governo gaúcho, aproximadamente 80 mil pessoas estão desabrigadas no estado, com cerca de 70% delas concentradas nos quatro municípios que receberão as cidades provisórias. Atualmente, essas pessoas estão abrigadas em locais não planejados para longas estadias, como ginásios de esporte, CTGs, clubes, escolas e universidades.
“São ginásios de esporte, CTGs, clubes, escolas, universidades, que têm menos condições de conforto, qualidade e dignidade para atendê-las. Também, em algum dia, vão ter que voltar a funcionar nas suas atividades originais. Nós estamos trabalhando para criar ambientes mais qualificados nas próximas semanas para aquelas pessoas que ainda precisarem de abrigo”, explicou o vice-governador.
As cidades provisórias serão equipadas com banheiros, chuveiros, dormitórios individualizados por família, espaços kids para crianças, áreas para animais de estimação, lavanderias coletivas e cozinhas comunitárias. Essas instalações devem atender a população afetada até que residências do programa Minha Casa Minha Vida ou do programa estadual A Casa é Sua estejam disponíveis.
“A maioria das pessoas certamente vai, ou conseguir acessar o aluguel social do Governo do Estado com as prefeituras ou, eventualmente, até voltar para suas casas, mas vai restar ainda um grupo numeroso ao qual nós precisaremos atender”, ressaltou Souza.