Haddad diz que presidente da Petrobras é quase ministro e deve ser próximo a presidente

Atualizado em 18 de maio de 2024 às 15:54
Lula e Haddad. Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta sexta-feira (17) que o presidente da Petrobras deve ter uma relação próxima com o presidente da República, devido à importância estratégica da companhia. Essa declaração veio após a demissão de Jean Paul Prates, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última terça-feira (14).

“O presidente da Petrobras, regra geral, é quase um ministro. É uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima com o presidente da República. [A Petrobras] É a maior companhia do país. Ela é estratégica por várias razões”, afirmou Haddad.

Para substituir Prates, Lula indicou a engenheira Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) durante o governo Dilma Rousseff (PT). Chambriard é vista pelo mercado como alguém com um perfil mais desenvolvimentista do que Prates.

Haddad não participou da reunião em que Lula decidiu pela demissão de Prates, uma decisão que vinha sendo especulada há mais de três meses. Segundo aliados, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também não participou da decisão final.

Jean Paul Prates. Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda afirmou que, embora seu ministério participe das decisões da estatal com um assento no conselho de administração, a decisão sobre a direção da empresa cabe ao presidente da República. Ele acrescentou que sabia da intenção da troca desde os primeiros rumores, mas não participou das discussões sobre o novo nome.

A demissão de Prates está ligada ao plano de investimentos da Petrobras, criticado por Lula pelo baixo investimento na recuperação da indústria naval brasileira e pelos prazos longos para a produção de fertilizantes. Além disso, houve uma incompatibilidade pessoal entre Lula e Prates, exacerbada após Prates se abster na reunião que decidiu pela retenção de dividendos da Petrobras.

Haddad defendeu a atuação de Lula em relação à Petrobras, afirmando que, em todas as ocasiões em que Lula presidiu o Brasil, a Petrobras cresceu em lucros, dividendos, patrimônio, pesquisa e prospecção. Ele ressaltou o carinho do presidente pela estatal e seu potencial de gerar lucros e desenvolvimento para o Brasil.

Em abril, Haddad interveio a favor da permanência de Prates, defendendo a distribuição de dividendos extraordinários, um dos motivos da crise. Parte da verba dos dividendos vai para o caixa da União, aliviando a situação financeira do governo federal.

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