Netanyahu se revolta e chama de “absurdo” pedido de prisão do TPI contra ele

Atualizado em 20 de maio de 2024 às 18:40
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Abir Sultan/Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou o pedido de prisão do promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele. O premiê chamou a solicitação de “absurda” e disse que isso não vai afetar os soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI).

“Rejeito a repulsiva comparação do procurador de Haia entre o Israel democrático e os assassinos em massa do Hamas”, afirmou. O pedido foi feito pelo promotor-chefe do TPI, Karim Khan, nesta segunda (20) por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

No pedido, o promotor ainda inclui o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, responsável pelas Forças Armadas do país, e três membros do Hamas: Yahya Sinwa (chefe do grupo na Faixa de Gaza), Mohammed Deif (comandante da ala militar) e Ismail Haniya (chefe político do grupo que vive no Catar).

Netanyahu ainda criticou o promotor por supostamente “comparar” autoridades israelenses a membros do Hamas. “Com que audácia você compara o Hamas que assassinou, queimou, massacrou, decapitou, estuprou e sequestrou nossos irmãos e irmãs e os soldados das FDI, que travavam uma guerra justa”, prossegue.

“Continuaremos na guerra até que os reféns sejam libertados e o Hamas seja destruído”, prosseguiu o primeiro-ministro israelense.

O promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan. Foto: Christian Levaux/Reuters

Khan afirmou, no pedido de prisão contra o premiê, que todos “têm responsabilidade criminal” na guerra. Ele ainda apontou que Israel cometeu crimes como indução à fome como método de guerra, sofrimento deliberado da população civil, assassinato e ataques deliberados a civis, exterminação de povo e perseguição e tratamento desumano.

Após o pedido de prisão, caberá a um grupo de juízes do TPI avaliar se as evidências apresentadas pelo promotor sustentam a emissão de um mandado de prisão. O tribunal não tem força policial para cumprir as ordens e dependerá do comprometimento de um dos 124 Estados signatários do documento que criou a corte.

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