Empresários acusam de estelionato a igreja Bola de Neve e seu fundador

Atualizado em 20 de maio de 2024 às 23:46
Apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve. Foto: Reprodução

Em uma live no Instagram que já recebeu centenas de comentários, os empresários Márcio Bieda e Thiago Santana fizeram sérias acusações contra a Igreja Bola de Neve e seu fundador, o apóstolo Rina. A transmissão revelou alegações de fraude e má administração de doações feitas por fiéis.

Márcio Bieda começou a live denunciando que um instituto em Balneário Camboriú, que deveria ajudar mulheres carentes com empreendedorismo, foi transformado em um salão de beleza de luxo.

“Recebi várias denúncias de pessoas dizendo que doaram para um instituto que supostamente ajudaria mulheres carentes a se tornarem empreendedoras. Vamos ver no que esse instituto se transformou”, disse Bieda. Segundo ele, o local agora é um salão de alto padrão, sem ligação com atividades sociais.

Bieda enfatizou que as doações foram feitas sob falsas promessas. “As pessoas que doaram R$15.000, R$10.000, R$5.000 começaram a nos procurar denunciando que foram enganadas pelos pastores”, afirmou Márcio.

Ele desafiou o pastor Natanael, líder local da Igreja Bola de Neve, a processá-los, ressaltando que o pastor teria que processar vários membros da igreja que doaram para o suposto instituto social.

Os empresários Márcio Bieda e Thiago Santana acusaram o Apóstolo Rina de fraude. Foto: Reprodução

A live continuou com Bieda apresentando documentos que comprovariam as irregularidades, revelando que a razão social do salão de luxo é Rafaela Nunes Paixão, filha do pastor Natanael.

“Rafaela Nunes Paixão é filha do pastor da Bola de Neve de Camboriú que levantou dinheiro e doações para um projeto social”, revelou Bieda.

As acusações se estenderam a outras práticas dentro da igreja. Bieda e Santana alegaram que há uma cantina na igreja onde os voluntários trabalham sem remuneração, beneficiando financeiramente os líderes da igreja. “As pessoas trabalham nos comércios da igreja sem saber que os lucros vão para os líderes”, disse Santana.

Márcio Bieda criticou a exploração dos membros da igreja, afirmando que isso configura crime de estelionato e exploração de trabalho voluntário. “Isso é estelionato, é um crime de estelionato”, declarou Bieda.

Ele mencionou que muitos membros se sentem pressionados a doar e trabalhar gratuitamente sob o pretexto de “priorizar o reino de Deus”.

A live terminou com um apelo aos líderes da igreja e ao apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve. Bieda e Santana pediram um posicionamento claro sobre as denúncias e avisaram que continuarão pressionando até obter respostas. “Queremos ouvir o posicionamento do Rina sobre isso. Queremos ouvir do líder deste ministério, desta igreja”, concluiu Bieda.

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