Polícia investiga quem decidiu deixar animais que morreram em loja da Cobasi no RS

Atualizado em 21 de maio de 2024 às 19:56
A unidade da Cobasi no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou um inquérito para investigar a unidade da Cobasi em Porto Alegre (RS) que deixou animais morrerem afogados durante as enchentes no estado. Na última sexta (17), a empresa confirmou a morte dos pets que estavam no local, mas não informou o número de óbitos.

A delegada Samieh Saleh, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema) afirmou que os proprietários da unidade devem ser ouvidos ainda nesta semana. Representantes do Shopping Praia de Belas, onde a unidade da Cobasi está localizada, já prestaram depoimento.

“Tentamos identificar se teve responsabilidade de alguém, se alguém decidiu e como foi essa decisão de retirada ou não dos animais”, afirmou a delegada. Policiais da Dema, bombeiros e integrantes da ONG Princípio Animal, responsável pela denúncia contra a Cobasi, foram até o local no domingo (19) mas não conseguiram entrar na unidade por conta do nível da água.

O entorno do shopping Praia de Belas em Porto Alegre (RS). Foto: Reprodução

O petshop afirmou que havia roedores, aves e peixes na unidade. Em caso de condenação, os responsáveis podem responder pelos crimes de maus tratos e, se condenados, serem presos de três meses a um ano. Se cachorros ou gatos tiverem morrido durante o alagamento, o que é negado pela Cobasi, a pena pode chegar a cinco anos.

O Shopping Praia de Belas afirmou que comunicou a Cobasi sobre o risco de “alagamento severo” da loja e ofereceu toda assistência necessária para facilitar o acesso ao local. A empresa, por sua vez, alegou que a loja teve que ser evacuada de forma emergencial e “seguindo as orientações das autoridades locais”.

“Foi garantido que os animais estivessem seguros e com o necessário para a sobrevivência até o retorno dos colaboradores que considerávamos ser breve. Mas a tragédia foi sem precedentes e, apesar das tentativas constantes da empresa nos últimos dias, não foi possível o acesso seguro à loja devido ao nível da água”, alegou a Cobasi.

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