Cerca de 11 milhões de brasileiros com mais de 5 anos não se vacinaram contra covid-19 no Brasil e os principais motivos apontados pelos que se recusaram a tomar o imunizante são medo e desconfiança. O número representa cerca de 5,6%, ou seja, uma a cada 18 pessoas que moram no Brasil não tomou nenhuma dose.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua: covid-19 (2023). As informações foram coletadas no 1º trimestre do ano passado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para 33,7% dos não imunizados, o temor de uma reação adversa ou medo da injeção foi o motivo para não se imunizar. 26,3% dizem que não confiam no imunizante ou não acreditam em seus efeitos. Uma minoria disse ter rejeitado a vacina por já ter contraído covid e acreditar que já estava imunizada.
No recorte de gênero, homens (6,3 milhões) são a maioria da população que não se imunizou contra 4,9 milhões de mulheres. A região Norte foi a que menos se vacinou, proporcionalmente, com 11% do total da população imunizada. Ela é seguida por Centro-Oeste (8,5%), Sul (6,3%), Nordeste (5,5%) e Sudeste (3,7%).
Crianças e adolescentes (de 5 a 17 anos) representam 5,7 milhões do total, enquanto o restante (5,5 milhões) é formado por maiores de 18 anos.
Apenas 58% da população tomou todas as doses recomendadas para a idade. A proporção entre crianças e adolescentes fica abaixo da média (57,7%). Entre os que não completaram o ciclo vacinal, 29,2% alegam que se esqueceram ou faltou tempo.
Apesar dos números, a primeira dose teve sucesso e imunizou um total de 188,3 milhões de brasileiros (93,9% do público alvo). O esquema de duas doses, mínimo recomendado para proteção contra o vírus, não atingiu a meta de 90% da população e ficou em 88,2%.