Israel faz 60 ataques em 48 horas, bombardeia campo de refugiados e deixa 45 mortos em Rafah

Atualizado em 27 de maio de 2024 às 10:27
Ataque de Israel em acampamento em Rafah que deixou mortos e feridos neste domingo (26) — Foto: Reuters

Cerca de 45 pessoas morreram no domingo (26) durante um ataque aéreo perto de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que atingiu o campo de Barkasat, administrado pela agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Sob a alegação de caçar terroristas, 60 ataques foram realizados em apenas 48 horas. Além das vítimas fatais, 250 pessoas ficaram feridas. As tendas de ajuda humanitária no local pegaram fogo após as explosões. Agências humanitárias alertam que os números de mortos podem crescer. Desde sexta-feira (24), mais de 200 pessoas foram mortas, com ataques também em Jabalia, Nuseirat e Gaza City.

Vale destacar que esse é o segundo dia consecutivo de ataques do Exército israelense em Rafah, cidade no extremo sul de Gaza para onde cerca de 1,5 milhão de palestinos fugiram devido aos ataques em outras partes do território palestino.

Israel afirmou que o alvo do ataque aéreo era um complexo do Hamas em Rafah e que os locais atingidos “eram legítimos sob as leis internacionais”. Segundo o Exército israelense, dois líderes do grupo foram mortos na operação.

O Exército de Israel disse ainda que os alvos foram “definidos com base em informações precisas” que indicavam o uso da área pelo grupo. Afirmou também estar ciente dos civis feridos e analisar o caso, segundo informações do G1.

Os ataques ocorreram após a Corte Internacional de Justiça, o tribunal mais alto da ONU para disputas entre Estados, ordenar na última sexta-feira (24) que Israel interrompesse todas as operações militares em Rafah.

Os juízes deram um prazo de um mês para que o governo de Benjamin Netanyahu mostrasse o que estava fazendo para cumprir as ordens. A corte também determinou que Israel permitisse a entrada de ajuda humanitária pela fronteira sul de Gaza com o Egito e garantisse o acesso de observadores externos para monitorar a situação.

Em resposta à ordem da Corte Internacional, o governo de Israel rejeitou as alegações, classificando-as como “falsas, ultrajantes e nojentas”. Ressaltou ainda que a campanha militar “não levou e não vai levar à destruição da população palestina civil em Rafah”.

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