Acusados de matarem Djidja, irmão e mãe acreditam ser Jesus e Maria

Atualizado em 31 de maio de 2024 às 18:51
A empresária Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, a mãe dela, Cleusimar Cardoso, e o irmão Ademar Cardoso (da esquerda para a direita). Foto: reprodução

Presos na última quinta-feira (30), Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, lideravam uma seita religiosa denominada “Pai, Mãe, Vida”, onde acreditavam ser Maria e Jesus, respectivamente. Djidja, que morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas, era considerada Maria Madalena na visão distorcida do grupo.

A prisão ocorreu em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do Amazonas na última quinta-feira (30). Além de Cleusimar e Ademar, três funcionários do salão de beleza Belle Femme, administrado pela família, também foram detidos.

Os presos são Verônica da Costa Seixas (gerente do salão), Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro) e Claudiele Santos da Silva (maquiadora). As acusações incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico e, no caso de Ademar, também estupro.

Na operação realizada na tarde de quinta-feira, Cleusimar, Ademar e Verônica foram abordados dentro de um carro enquanto tentavam fugir. Com eles, a polícia apreendeu uma mochila contendo drogas, incluindo frascos de ketamina, um anestésico que se tornou droga ilícita na década de 1980. A substância era distribuída e promovida pela seita como um meio de alcançar “experiências espirituais profundas”.

Ademar utilizava o livro “Cartas para Cristo” como um guia para as práticas da seita, defendendo o uso de ketamina e outras drogas alucinógenas em suas sessões de meditação. As investigações também indicam que há uma possível ligação entre a morte de Djidja e as atividades do grupo.

Djidja Cardoso, de 32 anos, foi encontrada morta na terça-feira (28), na casa onde vivia. A ex-sinhazinha do Boi Garantido, uma figura carismática no Festival Folclórico de Parintins, lutava contra a depressão. Meses antes de sua morte, Djidja havia compartilhado em suas redes sociais que enfrentava a doença há cerca de oito meses, resultando em uma perda significativa de peso. Ela mencionou estar em recuperação, mas a tragédia interrompeu seu caminho.

A morte de Djidja levantou suspeitas e comentários nas redes sociais, com familiares e amigos sugerindo que a casa onde ela morava havia se tornado uma “cracolândia”. Tentativas de interná-la foram supostamente impedidas por sua mãe, Cleusimar.

Um vídeo perturbador de Cleusimar Cardoso começou a circular nas redes sociais, mostrando-a em um estado aparentemente alterado, puxando os próprios cabelos e gritando. As imagens geraram especulações sobre o uso de drogas ou até mesmo “possessão”.

Já um áudio em que a voz de Cleusimar também aparece alterada, ela diz que Djidja não teria morrido. “Ela vai voltar quando o efeito do psicodélico passar”, disse a mulher antes de citar os remédios fortes que a empresária tomava para tratar a depressão.

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