A aliança macabra entre PSDB e Cunha tem que ser aniquilada. Por Paulo Nogueira

Atualizado em 12 de outubro de 2015 às 23:22

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Daqui por diante, dadas as circunstâncias extraordinárias, Eduardo Cunha está moralmente interditado para tomar qualquer decisão que afete a sociedade.

Qualquer.

Ele não tem sequer condições psíquicas para julgar o que deve fazer ou não. Sonhava com a presidência e hoje enfrenta a realidade de um desmascaramento estarrecedor como um dos maiores corruptos da história.

Um país inteiro não pode ficar à mercê de um homem que, pelo menos momentaneamente, perdeu a razão e busca não a Justiça — mas arrastar outros em sua queda vergonhosa por ódio e vingança.

E nem devem ser tolerados interesses criminosos escondidos por trás de um moralismo de fachada.

O que o PSDB está fazendo em sua macabra aliança com Cunha é, simplesmente, inominável. Em nada difere do que a velha UDN fez, no passado, para derrubar Getúlio e Jango.

Era a plutocracia matando a democracia sob pretextos vis. É a mesma coisa, mais uma vez. Onde havia Lacerda agora há Aécio e FHC. Onde havia tanques agora há tribunais tão perigosos quanto eles.

A intenção é a mesma: aniquilar a vontade popular expressa nas urnas.

A tentativa de assassinar a democracia não pode triunfar pela terceira vez. Ou faremos jus ao apelido de República das Bananas.

A parceria PSDB-Cunha está para o avanço social brasileiro como a Bastilha esteve para a transformação da França em 1789.

Tem que ser derrubada.