Fortunas dos mais ricos atinge ápice e desigualdade aumenta, diz estudo

Atualizado em 5 de junho de 2024 às 13:39
Bolsa de valores de Nova York. Foto: reprodução

Os ricos estão mais ricos, e os pobres estão mais pobres. Apesar de corroborar a música “Xibom Bombom” de 1999 do grupo de axé “As Meninas”, o estudo internacional foi realizado e publicado pela consultora Capgemini nesta quarta-feira (5). O aumento significativo no número de milionários e no valor de suas riquezas é atribuído principalmente ao crescimento dos mercados de ações globais.

De acordo com o Relatório sobre a Riqueza Mundial da Capgemini, o número de pessoas ricas, definidas como aquelas cujo capital disponível, excluindo sua residência habitual, supera US$ 1 milhão, cresceu 5,1% em 2023, totalizando 22,8 milhões de indivíduos. A riqueza total dessa categoria também aumentou, alcançando US$ 86,8 bilhões, um crescimento de 4,7% em comparação com o ano anterior.

O aumento no nível de riqueza e as consequentes desigualdades têm fomentado debates sobre como fazer com que as grandes fortunas contribuam mais efetivamente para os impostos. No grupo do G20, países como Brasil e França estão propondo a implementação de um imposto mínimo global para os maiores ativos.

Segundo estimativas do estudo, se os três mil multimilionários do planeta pagassem pelo menos o equivalente a 2% de sua fortuna em impostos sobre o rendimento, isso poderia gerar uma receita adicional de US$ 250 bilhões.

Bernard Arnault, Jeff Bezos e Elon Musk, os homens mais ricos do mundo em abril de 2024, segundo a revista Forbes. Foto: reprodução

Esses números representam recordes históricos desde que a Capgemini começou a publicar seu estudo anual em 1997. O aumento dessas riquezas é atribuído principalmente ao crescimento dos mercados de ações ao redor do mundo. Em 2023, o índice americano Nasdaq subiu 43%, o S&P 500 cresceu 24%, o CAC 40 de Paris aumentou 16%, e o DAX de Frankfurt teve um incremento de 20%.

“As ações cresceram junto do mercado de tecnologia, incentivadas pelo entusiasmo despertado pela inteligência artificial generativa e seu potencial impacto na economia”, explicou a Capgemini. A consultora avalia a situação de 71 países e utiliza, como metodologia, um sistema de registros estatísticos e uma representação gráfica chamada Curva de Lorenz.

No ano passado, a riqueza dos mais ricos registrou a queda mais acentuada em uma década, devido à caída nos preços das ações. Porém, em 2023, a América do Norte destacou-se com o maior avanço no número de milionários individuais, apresentando um aumento de 7,1% e também na riqueza, com um crescimento de 7,2%. A Ásia-Pacífico e a Europa seguiram logo atrás em termos de crescimento.

O aumento no nível de riqueza e as consequentes desigualdades têm fomentado debates sobre como fazer com que as grandes fortunas contribuam mais efetivamente para os impostos. No grupo do G20, países como Brasil e França estão propondo a implementação de um imposto mínimo global para os maiores ativos.

Segundo estimativas do estudo, se os três mil multimilionários do planeta pagassem pelo menos o equivalente a 2% de sua fortuna em impostos sobre o rendimento, isso poderia gerar uma receita adicional de US$ 250 bilhões.

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