Após leilão, governo Lula compra 263 mil toneladas de arroz importado

Atualizado em 6 de junho de 2024 às 12:09
Grãos de arroz polido – Foto: Reprodução

Após a devastação causada pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, o governo brasileiro tomou medidas para garantir o abastecimento de arroz no país. Um leilão virtual foi feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), utilizando seu sistema eletrônico. Foi realizada a compra de 263 mil toneladas de arroz no mercado internacional. O volume corresponde a 88% do total de 300 mil toneladas que seriam adquiridas no pregão.

A autorização do governo para adquirir esse volume significativo de arroz reflete a gravidade da situação e a urgência em assegurar o fornecimento desse alimento básico à população. Além disso, foi decidido reduzir a zero as tarifas de importação do arroz, estendendo a isenção a outros países fornecedores, como Argentina, Paraguai e Uruguai, para facilitar a importação e atender à demanda emergencial.

Critérios estabelecidos pela Conab

A Conab estabeleceu rigorosos critérios para a qualidade do arroz importado, exigindo que o produto tenha aspecto, cor, odor e sabor característicos de arroz beneficiado polido longo fino tipo 1. Além disso, as embalagens devem ser transparentes e incolores, com a logomarca do governo federal, garantindo a transparência e a segurança do produto para os consumidores.

Enchentes no RS decorrentes das fortes chuvas que atingiram a região – Foto: Reprodução

Após a aquisição, a companhia agora precisa decidir para quais regiões o arroz importado será destinado. A prioridade será dada às regiões metropolitanas com maior necessidade do produto, onde a demanda é mais urgente. O preço do arroz importado foi tabelado em R$ 4,00 o quilograma, buscando garantir acessibilidade e estabilidade nos preços para os consumidores.

Além de atender às necessidades imediatas causadas pela tragédia climática, a importação de arroz também tem um objetivo estratégico a longo prazo. A Conab busca retomar a política de estoques reguladores, que foi abolida no governo anterior. Isso permitirá ao governo intervir no mercado para evitar flutuações excessivas nos preços do arroz e garantir a estabilidade econômica para os produtores e consumidores.

Apesar da urgência da situação, houve um revés temporário quando um juiz federal havia suspendido o leilão em uma decisão liminar. No entanto, essa suspensão foi revogada pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que considerou que a interrupção do leilão poderia causar graves prejuízos à ordem público-administrativa, dada a emergência da situação.

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