Valdemar teve encontro secreto com Moraes e tentou barrar PEC de bolsonaristas

Atualizado em 18 de junho de 2024 às 12:46
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teve um encontro secreto com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto seus aliados articulavam uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) contra a Corte. A medida, que limita decisões monocráticas de magistrados, foi aprovada com 52 votos a favor e 18 contra no o Senado Federal em 22 de novembro do ano passado.

Segundo a revista Piauí, dias antes da votação, Moraes convidou Valdemar para seu apartamento funcional em Brasília e pediu ajuda para “sensibilizar” senadores do PL a votarem contra a PEC. O presidente do PL se prontificou e telefonou para parlamentares de seu partido.

Apesar das ligações, 11 dos 12 senadores da sigla votaram a favor da proposta. Somente Romário foi contrário à PEC. Não se sabe qual foi o esforço de Valdemar após a conversa com o ministro para rejeitar a PEC, mas o encontro gerou polêmica nos corredores de Brasília.

Valdemar Costa Neto chegou a pedir o impeachment de Alexandre de Moraes após o encontro secreto. Foto: Divulgação/PL

Em janeiro, Valdemar deu uma entrevista defendendo o impeachment de Moraes e chamou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, de “frouxo” por não iniciar o processo contra o magistrado.

Pouco depois, Pacheco soltou uma indireta a Valdemar, dizendo que é difícil conversar com quem “defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema”.

O encontro entre Moraes e Valdemar nunca foi divulgado e não consta nas agendas do político e do ministro.

A medida aprovada no Senado determina que ministros do Supremo não poderão tomar decisões que anulem atos do presidente da República ou do Congresso Nacional individualmente e que os pedidos de vista deverão durar, no máximo, seis meses. A medida ainda precisa ser votada na Câmara.

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