Obesidade e sobrepeso devem afetar 75% dos brasileiros em 20 anos, diz pesquisa

Atualizado em 26 de junho de 2024 às 14:13
130 milhões de brasileiros devem estar acima do peso em 2044, segundo pesquisa. Foto: Reprodução

Um estudo do Congresso Internacional sobre Obesidade apontou que 75% dos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso em 20 anos. Segundo a pesquisa, 130 milhões de pessoas com mais de 18 anos no país estarão nessas condições, sendo 83 milhões com obesidade (48%) e 47 milhões com sobrepeso (27%) após o período.

Especialistas apontam que, atualmente, 56% dos adultos brasileiros têm obesidade ou sobrepeso (34% obesidade e 22% sobrepeso) e o número vem aumentando ao longo dos últimos anos, com a primeira condição quase dobrando entre 2006 e 2019.

A estimativa é que 1,2 milhão de pessoas morram e 10,9 milhões desenvolvam diabetes, doenças cardiovasculares ou doença renal crônica se os números foram atingidos.

Os responsáveis pelo estudo avaliam que existe uma “epidemia” de obesidade e que governos devem focar em políticas de prevenção para que a estimativa não se concretize. “É fundamental tratar os casos existentes de obesidade e evitar que os casos de sobrepeso transitem para a obesidade”, avaliam.

Atualmente, 56% dos adultos brasileiros sofrem com obesidade ou sobrepeso. Foto: Getty Images

Eles pedem esforços em todas as faixas etárias, a promoção de ambientes alimentares melhores e incentivos a escolhas de alimentos saudáveis, variados e, ao mesmo tempo, evitar escolhas não saudáveis, como os ultraprocessados.

O estudo ainda avalia como crianças e adolescentes devem ser afetados pela obesidade e a tendência estimada de 2023 a 2044 é a seguinte:

  • Obesidade em meninos de 5 a 9 anos: de 22,1% para 28,6%;
  • Obesidade em meninas de 5 a 9 anos: de 13,6% para 18,5%;
  • Obesidade em meninos de 10 a 14 anos: de 7,9% para 17,6%;
  • Obesidade em meninas de 10 a 14 anos: de 7,9% para 11,6%;
  • Obesidade em meninos de 15 a 19 anos: de 8,6% para 12,4%;
  • Obesidade em meninas de 15 a 19 anos: de 7,6% para 11%.

Nos casos dos mais jovens, eles têm maiores chances de desenvolver doenças como diabetes tipo 2, AVC, hipertensão, câncer colorretal e doença cardíaca coronária na vida adulta.

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