O governo brasileiro anunciou a ratificação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Palestina, visando fortalecer a economia palestina. Com a implementação deste tratado, produtos do Oriente Médio poderão ser exportados sem a imposição de tarifas aduaneiras.
Embora o comércio atual entre Brasil e Palestina seja modesto, com um volume de apenas US$ 1 milhão e um superávit significativo para o Brasil, o objetivo é criar condições mais favoráveis para os produtores palestinos, permitindo que eles vendam seus produtos sem a carga tributária que incide sobre seus concorrentes.
O Brasil reconhece o estado palestino e enfatiza a necessidade de sua viabilidade econômica. Diplomatas brasileiros indicam que a isenção tarifária busca incentivar exportações a partir dos territórios palestinos ocupados, promovendo desenvolvimento local.
Entrada em vigor, entre Brasil e Palestina, do Acordo de Livre Comércio Mercosul-Palestina: https://t.co/bwdZFU15MM pic.twitter.com/v4M8DdAss4
— Itamaraty Brasil ?? (@ItamaratyGovBr) July 5, 2024
Atualmente, o Brasil importa da Palestina frutas, pedras decorativas, cerâmicas, artesanato, tecidos e azeite. O acordo de livre comércio foi originalmente concluído em 2011, mas só agora está entrando em vigor devido à falta de ratificação anterior.
A posição do Brasil no conflito de Gaza resultou em uma crise diplomática com Israel, após declarações do presidente Lula (PT) que foram duramente criticadas pelo governo de Benjamin Netanyahu. Em resposta, o país retirou seu embaixador de Tel Aviv de forma definitiva.
O petista usou a palavra “genocídio” para descrever a situação em Gaza e apoia a denúncia sul-africana contra Israel em tribunais internacionais. Além disso, o Brasil prometeu aumentar sua contribuição financeira à UNRWA, a agência da ONU que auxilia refugiados palestinos, acusada por Israel de supostamente colaborar com o Hamas.