Para “garantir estabilidade” na França, Macron recusa saída de primeiro-ministro

Atualizado em 8 de julho de 2024 às 10:03
Emmanuel Macron e Gabriel Attal. Foto: reprodução

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, ofereceu sua demissão nesta segunda-feira (8), mas o presidente Emmanuel Macron decidiu não aceitá-la, pedindo que Attal permaneça no cargo “por enquanto” para “garantir a estabilidade do país” até a formação de um novo governo.

Attal, que anunciou sua intenção de renunciar após a derrota eleitoral de seu partido, prometeu continuar no cargo pelo tempo necessário para uma transição sem interrupções de poder, conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

Embora seu partido tenha ficado em segundo lugar na eleição, enfrentando uma significativa perda de cadeiras no Legislativo, Macron indicou que aguardará a formação do novo parlamento antes de nomear um novo governo. Ele solicitou que Attal permaneça durante este período transitório.

O primeiro-ministro, conhecido por suas ambições políticas, enfatizou sua independência em relação ao presidente, criticando a dissolução do Parlamento e defendendo que sua gestão foi crucial para conter o avanço da extrema direita.

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Macron e Gabriel Attal. Foto: reprodução

Seu grupo político alerta que a formação de um novo governo requer uma bancada parlamentar com pelo menos 240 a 250 deputados para garantir uma governabilidade mínima, uma condição que ainda não foi completamente assegurada.

Hoje, a Nova Frente Popular, uma coalizão de partidos de esquerda que obteve 182 cadeiras na Assembleia Nacional, anunciou planos para apresentar um candidato ao cargo de primeiro-ministro ainda esta semana. No entanto, ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre a escolha do nome.

Enquanto isso, opositores de centro e outros partidos destacam que a coalizão de esquerda não possui uma maioria absoluta de 289 cadeiras, necessárias para assumir automaticamente o cargo.

Macron, por sua vez, já declarou que não formará um governo sob a liderança de Jean Luc Mélenchon, líder do partido França Insubmissa, rejeitando essa possibilidade categoricamente.

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