Avaliação de Lula melhora entre os mais pobres, indica Quaest

Atualizado em 10 de julho de 2024 às 12:54
Lula sendo abraçado por eleitores. Foto: reprodução

Nesta quarta-feira (10), a nova pesquisa Quaest revela que a melhora na economia, com desemprego no menor patamar em dez anos e carrinhos de compras mais cheios nos supermercados, tem elevado novamente a popularidade do governo do presidente Lula (PT).

O levantamento mostra uma reversão na curva de avaliação do trabalho do petista pela primeira vez desde dezembro de 2023, com uma vantagem para a aprovação: 54% a 43%.

A melhora na avaliação de Lula foi puxada pelos mais pobres. Entre os que ganham até dois salários mínimos, a desaprovação caiu de 35% para 26%, enquanto a aprovação subiu de 62% para 69%. Além disso, a pesquisa identifica uma espécie de trégua entre o petista e as classes médias, que ganham de dois a cinco salários mínimos.

Na contramão, o governo não conseguiu reconquistar a aprovação nas família com rendas mais altas, segundo a Quaest. Entre os grupos que recebem de 2 a 5 salários mínimos, aprovação tem 50% e reprovação 47%, os 3% ficaram com a parcela que não respondeu.

Para quem mora em um núcleo familiar com mais de 5 salários mínimos por mês, a reprovação é de 54% contra apenas 42% de aprovação. Desde o início da avaliação, a gestão petista nunca esteve acima dos 50% nesta faixa.

Reprodução G1

Em todas as faixas de renda, a expectativa em relação à evolução da economia melhorou, com 52% dos brasileiros acreditando que o cenário vai melhorar nos próximos meses. Há também um lampejo de esperança de melhora do poder de compra, com uma diminuição no percentual daqueles que veem um poder de compra menor.

Ainda que a pesquisa ofereça um respiro para Lula, indicando uma pausa no ciclo de perda de popularidade, também traz alertas importantes. O público está alinhado com o presidente quando ele afirma que a taxa de juros está em um patamar proibitivo no país, com 87% concordando com essa avaliação.

Mas esse embate direto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não ressoa tão fortemente. Quase 70% dos entrevistados sequer sabem que Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro (PL), o que mostra dificuldade em reconhecê-lo como o adversário político visto por Lula.

Além disso, a pesquisa Quaest também mostra que 75% dos brasileiros acreditam que a alta do dólar impactará diretamente o preço dos alimentos e dos combustíveis. Isso significa que, embora Lula acerte ao criticar a alta taxa de juros, ele corre o risco de corroer o que reconquistou ao investir em um confronto com o mercado.

A Quaest também aponta que, em todas as faixas de renda, a expectativa em relação à economia melhorou, e há um otimismo cauteloso em relação ao poder de compra. A pesquisa mostra que 52% dos brasileiros acreditam que a economia vai melhorar nos próximos meses. Esse otimismo é refletido na redução do percentual daqueles que veem um poder de compra menor.

Pesquisa Quaest. Foto: reprodução
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