Caneta, relógios e abotoaduras: Cid também vendeu joias desviadas, diz a PF

Atualizado em 10 de julho de 2024 às 21:39
O tenente-coronel Mauro Cid fardado, fazendo careta
O tenente-coronel Mauro Cid – Reprodução/Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, está envolvido na venda de itens valiosos recebidos durante uma viagem oficial ao Oriente Médio em outubro de 2019. Esses itens incluem dois relógios, uma caneta e um conjunto de abotoaduras, avaliados em mais de US$ 10.150,00.

O caso faz parte de uma investigação mais ampla sobre desvio de joias e presentes em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Federal (PF) investigou a venda dos objetos após receber dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, via cooperação internacional. Segundo o relatório final do inquérito, assinado pelo delegado Fábio Shor, o militar vendeu os presentes nos Estados Unidos após obter autorização da Comissão de Ética da Presidência da República para ficar com eles.

Mauro Cid abaixado conversando com Jair Bolsonaro, ambos sérios
Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Reprodução

Um dos itens vendidos foi um relógio Ebel Sport Classic, modelo 1216432, avaliado em US$ 4.150,00. Cid negociou a venda com a loja BOB’s Watches, utilizando um endereço de IP associado ao Palácio do Planalto. A venda foi finalizada em dezembro de 2019, e o relógio foi levado para os EUA em uma viagem entre 21 de novembro e 8 de dezembro de 2019, sendo deixado na casa do irmão de Cid em Temecula, Califórnia.

Além do relógio, de acordo com o Estadão, o tenente-coronel vendeu um kit Girard Perregaux Earth to Sky Edition, composto por um relógio, uma caneta e abotoaduras, para a loja Crown and Caliber. A loja avaliou o conjunto entre US$ 5,5 mil e US$ 6 mil, mas a negociação foi fechada por US$ 3,6 mil em 18 de dezembro de 2019.

Graças ao acordo de auxílio jurídico com os EUA, a PF pôde analisar as trocas de e-mail entre Cid e as lojas envolvidas. As mensagens revelam que o militar usava redes vinculadas ao Palácio do Planalto para negociar as vendas. A investigação também indica que o ex-ajudante de Bolsonaro realizou as vendas pouco antes do Natal de 2019, buscando ofertas e avaliações em várias lojas.

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