“Golpismo”: STF recebe pedido para investigar CGU de Bolsonaro

Atualizado em 16 de julho de 2024 às 9:46
Jair Bolsonaro e Wagner de Campos Rosário. Foto: reprodução

Uma notícia de fato contra Wagner de Campos Rosário, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) durante o governo de Jair Bolsonaro e atual controlador-geral do governo Tarcísio Gomes de Freitas em São Paulo, foi encaminhada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes no STF nesta segunda-feira (15).

A ação surgiu de uma representação feita ao Ministério Público Federal (MPF) em fevereiro de 2023 por codeputadas estaduais do PSol, que compartilham um mandato coletivo na Assembleia Legislativa de São Paulo, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Elas questionaram a conduta de Rosário em uma reunião ministerial ocorrida em julho de 2022, onde membros da gestão bolsonarista discutiram estratégias para lidar com um possível resultado desfavorável nas urnas.

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Wagner de Campos Rosário. Foto: reprodução

Durante a reunião, Rosário criticou um relatório técnico da CGU que não encontrou indícios de fraude no sistema de votação, descrevendo-o como “uma merda”. Ele também defendeu a implementação urgente de uma “força-tarefa” envolvendo a PF e as Forças Armadas para investigar as urnas eletrônicas.

Diante da notícia de fato baseada na representação das deputadas do PSol, o procurador da República André Bueno da Silveira, do MPF em São Paulo, solicitou à Justiça Federal que o caso fosse remetido ao STF, onde já estão em curso investigações relacionadas a tentativas de interferência no processo eleitoral.

Em despacho emitido em 8 de julho, o juiz federal Nilson Martins Lopes Júnior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, acatou o pedido e encaminhou a representação ao Supremo Tribunal Federal.

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