Diretora do Serviço Secreto dos EUA renuncia após admitir “fracasso” na proteção de Trump

Atualizado em 23 de julho de 2024 às 12:38
Kimberly Cheatle, ex-diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Foto: reprodução

Kimberly Cheatle, agora ex-diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, renunciou ao seu cargo nesta terça-feira (23) após intensas críticas sobre falhas de segurança que permitiram o atentado contra o ex-presidente Donald Trump no dia 13 deste mês. A pressão para sua saída veio especialmente de deputados republicanos.

Cheatle, veterana do serviço secreto e responsável pela segurança de outros ex-vice-presidentes, foi nomeada diretora em agosto de 2022. Biden, na época, elogiou sua competência e experiência, destacando a confiança que sua família tinha em seu julgamento.

No incidente contra Trump, um ex-chefe de bombeiros foi morto e outras duas pessoas ficaram feridas. As falhas de segurança tornaram-se evidentes nos dias seguintes, levando a críticas severas contra Cheatle.

Na última segunda-feira (22), Cheatle compareceu à Comissão de Supervisão da Câmara dos EUA para explicar as falhas de segurança. Durante a audiência, a deputada republicana Marjorie Taylor Greene pediu um cronograma detalhado do tiroteio, mas Cheatle não conseguiu fornecer informações específicas.

Ao final da sessão, deputados de ambos os partidos, incluindo o democrata Jamie Raskin, pediram sua renúncia. “A diretora perdeu a confiança do Congresso, em um momento muito urgente e delicado na história do país”, declarou Raskin.

Trump cercado por agentes do Serviço Secreto dos EUA após atentado. Foto: Brendan McDermid/Reuters

O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, também reconheceu o atentado como uma falha de segurança. Cheatle assumiu a responsabilidade pelo incidente, declarando, ainda no dia 15, que “a falha do serviço secreto foi inaceitável”. “A responsabilidade é minha”, afirmou. Ela destacou a necessidade de revisar os procedimentos de segurança e fornecer recursos adequados ao pessoal.

Durante a Convenção Republicana, senadores como John Barrasso e Marsha Blackburn confrontaram Cheatle sobre o incidente. “Você o colocou a menos de um centímetro da vida. Renuncie ou dê uma explicação completa”, disse Barrasso de forma incisiva.

A pressão para sua saída aumentou quando o presidente da Câmara, Mike Johnson, e Chris LaCivita, assessor de Trump, endossaram publicamente o pedido de demissão. “O presidente Biden precisa demitir a diretora do serviço secreto, Kimberly Cheatle, imediatamente. Perdemos um herói americano no sábado e estávamos a milímetros de perder o presidente Trump. É imperdoável”, escreveu Johnson no X, antigo Twitter.

Antes de sua nomeação como diretora, Cheatle atuou em vários cargos de chefia no Serviço Secreto, incluindo diretora assistente. Em 2019, ela trabalhou como oficial de segurança líder na PepsiCo na América do Norte, retornando à agência em setembro de 2022.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link