O Comitê Olímpico do Brasil (COB) já definiu a premiação em dinheiro para os atletas que conquistarem medalhas nas Olimpíada de Paris. Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 350 mil. No entanto, o prêmio em dinheiro não é o único benefício, já que subir ao pódio também aumenta o reconhecimento e as oportunidades.
Um exemplo é o surfista Italo Ferreira, que descreveu os Jogos de Tóquio 2021 como um “divisor de águas” em sua vida. Ferreira conquistou o ouro na estreia do surfe como modalidade olímpica, um feito memorável para ele e para os fãs do esporte. Ele usou parte do prêmio para realizar um sonho antigo e destacou que a vitória abriu novas oportunidades.
O Programa Medalha do COB categoriza os atletas vencedores em provas individuais, em grupo (dois a seis atletas), e coletivas (sete ou mais atletas), com premiações específicas para cada categoria. Nas provas em grupo e coletivas, o valor total é dividido igualmente entre os medalhistas, independentemente de serem titulares ou reservas. Além disso, atletas que ganharem múltiplas medalhas acumulam a premiação de cada uma.
- Categoria individual: R$ 350 mil para ouro, R$ 210 mil para prata e R$ 140 mil para bronze
- Categoria grupo (2 a 6 atletas): R$ 700 mil para ouro, R$ 400 mil para prata e R$ 280 mil pra bronze
- Categoria coletiva (7 ou mais atletas): R$ 1,05 milhão pra ouro, R$ 630 mil para prata e R$ 420 mil pra bronze
Os valores de premiação são cerca de 40% mais altos em relação ao último ciclo olímpico, que incluiu os Jogos de Tóquio 2020 e os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022. Durante esse ciclo, o COB desembolsou R$ 5,2 milhões em premiações. Esse aumento está ligado ao desempenho esportivo, com melhores resultados levando a maiores investimentos.
A proximidade dos jogos também eleva os ganhos financeiros dos atletas, especialmente de patrocinadores. O especialista em marketing Idel Halfen explica ao g1 que contratos escalonados são comuns, com remunerações crescentes à medida que o ciclo olímpico avança.
“Isso acontece porque não se sabe qual será o desempenho do atleta. Há também a questão da exposição [da marca]. Ela é muito menor no início do que no final do ciclo olímpico”, continuou.
O COB também menciona que alguns atletas são contratados por patrocinadores do próprio Comitê para fazer parte de seus esquadrões, além de terem seus patrocinadores pessoais. A vitória olímpica de Italo Ferreira exemplifica como a conquista pode ser um “divisor de águas”, atraindo mais marcas e aumentando a motivação para manter o desempenho no topo.