Em novo vídeo sobre atletas brasileiros, Mion culpa “gladiadores da internet” por suas fake news

Atualizado em 31 de julho de 2024 às 20:50
Mion com Bolsonaro e Michelle

O apresentador desmiolado Marcos Mion gravou novo vídeo após criticar o governo Lula ao comentar o desempenho dos atletas brasileiros na Olimpíada de Paris.

“Se alguém tem que pedir desculpas, é o nosso governo que não construiu um histórico, não construiu uma tradição de investimento no esporte. Não vocês”, disse.

Ele inventou que se baseou no site “salários.com.br” como fonte de pesquisa e criticou a falta de dinheiro para eles. “Aliás, eu fui checar, para ter embasamento no que estou falando, e a média de salário de um atleta no Brasil, em 2024, é de R$ 2 mil por mês […] Mesmo assim, a gente vê em todas as Olimpíadas, nossos atletas disputando e ganhando medalhas”.

O site usado por ele como referência aponta que, na verdade, a média nacional é de R$ 4.500 – sem contar bolsa atleta, patrocínios, comissões, bônus etc.

O programa teve cortes nos governos Temer e Bolsonaro. Mion, diga-se, foi puxar o saco do fascista ladrão de jóias, com quem posou para fotos sabujas ao lado da ex-primeira-dama Michelle. O governo Lula reajustou o valor do que os atletas recebem após 14 anos. Mion não teve a dignidade de se corrigir.

Após a repercussão negativa, gravou outro vídeo idiota, usando a velha cascata de que o descontextualizaram. A culpa foi da “galera de esquerda” e da “galera de direita”. Arrogante, sequer pediu desculpas pelas mentiras e acusações.

“Como eu condicionei essa atual condição ao histórico do governo brasileiro, eu abri precedente, sem querer, para uma disputa política. Eu cometi um erro. Obviamente eu estava me referindo ao nosso governo brasileiro, mas os gladiadores políticos da internet viram a brecha, tiraram de contexto e interpretaram que eu estava falando do nosso governo atual”, afirmou.

“Eu já falei mil vezes, eu não sou o cara que vai entrar aqui e discutir política porque eu não tenho nem embasamento para isso”. Ainda veio com uma imbecilidade autoelogiosa: “Era um vídeo muito legal, com um valor muito nobre, digno e acabou se perdendo. Se a gente puder voltar a focar no que interessa, que é o apoio aos atletas, o reconhecimento, seria ótimo”.

Era um lixo. Seria mais digno usar o bordão clássico bolsonarista: “Foi mal, tava doidão”. Ou, como gosta o jornalista e adestrador de babuínos Leandro Fortes: “Quem me conhece, sabe”.