Nunes agrediu a mulher, como diz Tabata no debate da Band? Veja o BO e entenda o caso

Atualizado em 9 de agosto de 2024 às 9:32
Ricardo Nunes e a mulher Regina: agressão e BO

No debate na Band desta quinta, dia 9, a mulher de Ricardo Nunes fingiu se exaltar quando Tabata Amaral questionou se o prefeito havia a agredido. Regina reagiu com papo furado: “Deixa minha família em paz! Mulher atacando mulher”. Ela se levantou e precisou ser contida por assessores duas vezes, enquanto a produção pedia silêncio na plateia. Nunes exigiu “respeito” e criticou o tom da campanha dizendo que “não pode ser vale tudo numa campanha”.

A acusação de agressão foi inicialmente reportada pela Folha. Em uma entrevista com o jornal paulista e o portal Uol, o prefeito classificou a denúncia como “forjada”, alegando que não havia assinatura de Regina no boletim de ocorrência.

“A Regina já falou que ela não fez [o boletim de ocorrência]. Ela contratou um advogado, eu até separei o material para te entregar. O advogado entrou com a petição dizendo que queria, então, esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia que não existe esse boletim de ocorrência [assinado]”, inventou.

No entanto, a Secretaria de Segurança confirmou que o caso foi registrado na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher em fevereiro de 2011. Segundo a secretaria, “na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos”.

Na época, Regina Carnovale Nunes acusou o então vereador e atual prefeito de violência doméstica, ameaça e injúria. Ela relatou à polícia que, após 12 anos de união estável e uma separação de sete meses devido ao ciúme excessivo de Nunes, ele a ameaçava por telefone, enviava mensagens ofensivas e a insultava com palavrões em sua residência.

Em 2015, Regina também fez acusações públicas contra Nunes nas redes sociais. Em uma postagem, ela escreveu: “Acabei de receber voz de prisão do vereador Ricardo Nunes tudo porque fui cobrar a pensão da minha filha que tive com ele que é de direito dela (…) um bandido que não ajuda a própria filha enquanto banca tudo quanto é festa e finge ser um homem bom esse é o político que está no poder nem a própria filha ajuda”.

O boletim de ocorrência ainda consta do sistema da Polícia Civil e sua existência foi admitida por Regina. No entanto, a Secretaria de Segurança informou que o caso não teve andamento com a instauração de um inquérito policial, porque “havia necessidade de representação contra o autor, o que a vítima não fez”.