Especialistas ainda indicam que o acúmulo de gelo nas asas pode ser uma possível causa de estol, devido a uma possível falha no sistema anti-congelamento do avião.
Segundo a monitoradora de voos Flightradar, o avião fez uma curva brusca antes de cair 4 mil metros de altura em apenas 1 minuto.
“A asa tem um perfil aerodinâmico e o acúmulo de gelo lá no ponto de ataque, geralmente, na frente da asa pode fazer com que esse avião perca as características aerodinâmicas que ele tem e torná-lo mais difícil de voar. Portanto, se ele estiver em velocidade mais baixa, pode ser que ele caia. Agora, o que que levou isso daqui?”, afirmou um engenheiro aeronáutico e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
O engenheiro acrescenta que, embora a formação de gelo seja uma possibilidade, outros fatores, como defeitos mecânicos, também não podem ser descartados. “É muito arriscado antecipar essa informação. É uma possibilidade só. Assim como outras, algum defeito mecânico, não posso te afirmar. Agora, com uma certeza eu tenho, esse avião caiu ‘estolado’ em parafuso.”
A Voepass Linhas Aéreas afirmou que está oferecendo todo o apoio necessário às famílias envolvidas e que ainda não há confirmação sobre as causas do acidente. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica responsável pela investigação de acidentes aéreos, está conduzindo uma apuração detalhada para esclarecer as circunstâncias do trágico evento.