Avião da Voepass: maioria das vítimas morreu de politraumatismo, conclui IML

Atualizado em 12 de agosto de 2024 às 17:39
Avião da Voepass após acidente que matou 62

A força-tarefa da Polícia Técnico-Científica de São Paulo concluiu que a maioria das vítimas do acidente aéreo da Voepass morreu de politraumatismo em razão da queda da aeronave.

O voo 2283 caiu na última sexta-feira (9) em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, com 62 pessoas a bordo. Já foi finalizado a necropsia dos corpos.

“A maior parte, sem dúvida nenhuma, foi por politrauma. E, consequentemente, com a explosão da aeronave, alguns foram atingidos pelas chamas. Então, temos uma porcentagem de cadáveres que têm uma carbonização parcial”, afirmou o superintendente Claudinei Salomão à Folha de S.Paulo.

Cerca de 30 profissionais participam da força-tarefa, que inclui médicos legistas, odontologistas e especialistas em identificação. Segundo Salomão, a identificação de metade dos corpos está prevista para ser concluída ainda nesta segunda-feira (12).

“Conforme esses dados de identificação dactiloscópica vão chegando para a gente, as famílias estão sendo notificadas, estão concorrendo aqui junto ao Instituto Médico Legal, onde são atendidas para entrega da declaração de óbito e entrega dos corpos”, disse.

Salomão explicou que a necropsia faz a identificação corporal, “se é um homem, se é mulher, qual o grau de eventual carbonização, onde estavam as lesões principais, se são as fraturas principais, se o indivíduo eventualmente tem algum sinal, uma tatuagem, algum sinal outro identificatório”.

Algumas das vítimas do acidente com o avião da Voepass em Vinhedo (SP). Foto: Reprodução

“Agora nós estamos aguardando somente a chegada de dados de identificação que não pertencem a nós. Nós temos aqui cadáveres de indivíduos que são de outros estados, nós dependemos que esses dados sejam fornecidos pelos outros estados para o Instituto de Identificação aqui de São Paulo, para que se faça o confronto”, acrescentou.

Até o momento, 51 famílias foram recebidas no Instituto Oscar Freire, na Zona Oeste da capital paulista, onde forneceram informações e material biológico para auxiliar na identificação das vítimas. Já foram coletados DNA de 28 famílias em São Paulo e de outras 17 em Cascavel, no Paraná.

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