Justiça reitera que Marçal que exclua vídeos que ligam Boulos ao uso de cocaína

Atualizado em 12 de agosto de 2024 às 21:47

O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, ordenou pela segunda vez a remoção de vídeos publicados pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB), nos quais ele associa, sem apresentar provas, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ao consumo de cocaína.

O magistrado determinou na sexta-feira (9) a suspensão dos vídeos após solicitação de Boulos, que também recebeu o direito de resposta. Esse direito deve permanecer nas redes sociais de Marçal por um período duas vezes maior do que o tempo em que os vídeos contestados permanecerem no ar. As plataformas mencionadas incluem Facebook (representando o Instagram), X (antigo Twitter) e TikTok. No entanto, os vídeos ainda estão disponíveis.

Desde então, Marçal publicou novos vídeos com as mesmas insinuações, novamente sem apresentar evidências.

Pablo Marçal havia insinuado no debate que Guilherme Boulos seria usuário de cocaína. Reprodução

Nesta segunda-feira (12), o juiz considerou que, em dois novos vídeos, o influenciador cometeu irregularidades ao se referir a Boulos como usuário de drogas. Em um terceiro vídeo, onde Marçal comenta a opinião de Boulos sobre a descriminalização das drogas, Colombini não identificou ilegalidade, considerando-o apenas um exercício da liberdade de expressão.

Em outra ação, ainda sem decisão, Boulos também solicitou a investigação de Marçal por crime contra a honra e disseminação de notícias falsas com o objetivo de influenciar a eleição.

Durante a convenção do PRTB, em 4 de agosto, Marçal afirmou que iria expor que dois concorrentes são “usuários de cocaína”. No debate realizado pela TV Band, na quinta-feira (8), o influenciador fez várias vezes o gesto de tampar uma narina enquanto inspirava pela outra ao se referir a Boulos, sugerindo, de maneira velada, o uso de entorpecentes.

A representação assinada pelos advogados de Boulos, Francisco Octavio de Almeida Prado e Danilo Trindade de Morais, descreve a situação como uma tentativa de criar um factoide, fabricando uma acusação falsa para ser repetida e compartilhada nas redes sociais, com o único objetivo de atacar a honra de Boulos e prejudicar sua imagem junto aos eleitores.

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