PIB avança 1,4% em junho, superando previsões do mercado

Atualizado em 16 de agosto de 2024 às 17:54
Notas de 50 e 100 reais. Foto: Divulgação

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgou, nesta sexta-feira (16), um crescimento de 1,40% em junho, superando as expectativas dos analistas de mercado e reforçando as previsões de um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.

O IBC-Br, que serve como um termômetro do desempenho econômico do Brasil e uma estimativa preliminar do PIB, apresentou uma alta considerável em junho. Comparado a maio, quando o índice teve um aumento de 0,25%, a elevação em junho é um sinal positivo para a economia.

Em termos anuais, o crescimento foi de 3,2%, e o acumulado dos últimos 12 meses mostrou uma alta de 1,6%. No acumulado do ano, o índice registrou uma elevação de 2,1%.

No segundo trimestre de 2024, o IBC-Br avançou 1,1% em relação ao trimestre anterior e 2,8% em comparação ao mesmo período de 2023. Esses dados indicam um desempenho robusto da economia brasileira e um otimismo renovado entre os investidores.

Banco Central. Foto: Divulgação

Enquanto o IBC-Br serve como uma indicação preliminar do PIB, este último é divulgado trimestralmente pelo IBGE e pode apresentar resultados diferentes devido às metodologias de cálculo. O PIB mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, enquanto o IBC-Br utiliza estimativas de diversas áreas e impostos para avaliar a economia.

Os mercados financeiros reagiram positivamente aos dados econômicos. As bolsas europeias e os futuros americanos estão em alta nesta manhã. No Brasil, o Ibovespa voltou a atingir sua máxima histórica após nove meses, subindo 1% e ultrapassando os 134 mil pontos.

Em apenas oito pregões, o índice registrou um crescimento de 8%, impulsionado pelas grandes empresas listadas, como Petrobras e Vale, que se beneficiaram da valorização dos preços das commodities.

Entretanto, o governo brasileiro pode enfrentar desafios com sua proposta de alteração na tributação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), sugerindo uma taxa de 20% em vez de 15%. Essa medida visa compensar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, mas pode afetar a distribuição de proventos das empresas aos seus acionistas.

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