Jair Renan tem carros e imóveis apreendidos por dívida de R$ 360 mil

Atualizado em 23 de agosto de 2024 às 17:27
Jair Renan Bolsonaro

A Justiça do Distrito Federal determinou, nesta sexta-feira (23), a apreensão de bens de Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), filho caçula do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para garantir o pagamento de uma dívida de R$ 360 mil. Sem conseguir intimá-lo, o banco Santander solicitou à Justiça a realização de uma pesquisa de ativos financeiros em nome do “zero quatro” para efetuar o arresto de seus bens, o que inclui a apreensão de carros e imóveis. O juiz atendeu ao pedido do banco.

A decisão ocorre uma semana após Renan declarar um patrimônio de R$ 42 mil ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela campanha como candidato a vereador em Balneário Camboriú, SC. Em sua declaração, ele mencionou um depósito bancário de R$ 40.591,68 e um saldo em conta corrente de R$ 1.478, que deverão ser apreendidos.

A tentativa de intimar Jair Renan a pagar a dívida foi frustrada, levando ao envio de uma carta precatória para um endereço em Camboriú, onde ele reside desde o ano passado. Na cidade, o filho de Bolsonaro trabalha como auxiliar do gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC) e recebe R$ 9,5 mil mensais.

Além dessa dívida, o jovem é réu em uma outra ação na 5ª Vara Criminal, acusado de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ele é suspeito de usar uma declaração de faturamento falsa para obter um empréstimo que não foi pago. Este caso deverá ser transferido para a Justiça Federal.

A defesa de Jair Renan ainda não se manifestou sobre a apreensão dos bens. Em nota anterior, os advogados alegaram que ele foi “vítima de um golpe montado por pessoas conhecidas pela polícia e pela Justiça” e afirmaram que “tudo ficará esclarecido no curso do processo”.

Os esforços anteriores para localizá-lo incluíram tentativas no estádio Mané Garrincha, onde funcionava a sede da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. A empresa, especializada na organização de eventos, é alvo de investigação por ter apresentado declarações de faturamento falsas.

Segundo relatório final da Polícia Civil, as declarações de R$ 4,6 milhões eram fraudulentas, com assinaturas falsas e informações inverídicas inseridas nos documentos, visando obter um empréstimo bancário.