VÍDEO – Boulos explica farsa de Marçal sobre cocaína: “Fake news vergonhosa”

Atualizado em 28 de agosto de 2024 às 15:35
Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Foto: reprodução

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) se manifestou após a farsa de Pablo Marçal (PRT) ser exposta. Desde o início da corrida eleitoral, o candidato bolsonarista fez acusações contra o pesolista de que ele seria usuário de drogas. No entanto, ele usou um inquérito de 2001, quando um homônimo foi preso por porte de droga, que no caso era maconha.

“Acabou de sair a reportagem que desmonta a farsa do Pablo Marçal. Agora a notícia que saiu na Folha de S.Paulo, nesse momento, mostra qual foi a malandragem que ele usou para construir essa fake news vergonhosa”, iniciou Boulos em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (28).

O candidato do PSOL lembrou que ele não é “o único Guilherme Boulos que existe no mundo”, lembrando que ele também tem o sobrenome Castro. “Existe outro cidadão chamado Guilherme Bardauil Boulos, que inclusive é candidato a vereador na chapa do Ricardo Nunes. Não tem nada a ver com a gente”, explicou. O “xará” concorre pelo partido Solidariedade.

Boulos também especulou sobre a estratégia de Marçal, que afirmou ter provas contra ele, mas prometeu apresentar apenas no último debate eleitoral. Para o candidato apoiado por Lula (PT), o coach faria isso para que a mentira fosse espalhada a dois dias antes da eleição: “Então ele jogaria a mentira no ar, geraria confusão e não daria tempo das pessoas descobrirem”, explicou.

Por fim, o deputado federal relembrou o crime pelo qual o influenciador de extrema-direita foi condenado: “Ele ganhou a vida fazendo estelionato. Estelionato contra aposentados, foi condenado, foi preso por isso. Agora queria fazer esse estelionato para enganar os eleitores da cidade de São Paulo. Não deu certo, Marçal. Sua mentira caiu por terra”.

O processo contra Guilherme Bardauil Boulos

Em 2001, Bardauil Boulos foi acusado de posse de maconha, e o processo foi extinto em 2006 com base no artigo 89 da lei 9.099/95, que permite a suspensão do processo em crimes de menor potencial ofensivo.

Em entrevista à Folha, Bardauil admitiu o incidente, mas afirmou que se trata de um erro do passado: “Foi um ato imprudente que ocorreu na minha juventude na época de faculdade. Mas isso é coisa do passado, que aconteceu há 23 anos. Hoje eu tenho uma família, dois filhos, uma empresa de transporte executivo de que me orgulho muito e sou candidato a vereador pelo Solidariedade para contribuir com uma São Paulo melhor para os cidadãos”.

Mesmo diante das evidências a favor de Boulos, Marçal continuou com as acusações. Em uma sabatina na CNN, na última segunda-feira (26), ele afirmou novamente que o candidato do PSOL é “cheirador de cocaína” e prometeu apresentar provas no último debate.

“Vou provar, ninguém vai me segurar. Já foi preso portando droga, e eu vou mostrar. Está no segredo de Justiça, aguarde que eu estou resolvendo para te mostrar”, disse, sem fornecer detalhes ou o número do processo que alegava ter.

Material de campanha de Guilherme Bardauil Boulos